(*) Valdemir Caldas

A violência no Brasil, especialmente no Estado de Rondônia, há muito alcançou níveis insuportáveis. Nada, evidentemente, comparado ao que hoje acontece no Estado do Ceará. Para combatê-la, a população, aturdida e indignada, reclama a imediata ação das autoridades competentes, no sentido de apontarem caminhos plausíveis para, pelo menos, minimizar a crise.

Passados os primeiros dias da posse do governador Marcos Rocha, pode-se verificar que alguma coisa mudou. E para melhor, é claro. A Polícia Militar voltou a intensificar suas operações de rua, abordando indivíduos suspeitos, como vi ontem, à noite (11/01), em duas ocasiões – uma no Skate Parque, na confluência das Ruas Guaporé com Vieira Caúla; e a outra na Rua Benedito Inocência da Silva, próximo à Rua Amador dos Reis, quando retornava para casa, em companhia de familiares, depois de participar de uma aula funcional.

Pelo menos algo de concreto está sendo feito. Até porque a realidade é grave e exige serenidade e seriedade para uma apreciação profunda das verdadeiras causas da violência, que se alastra como um câncer destruindo o tecido social, independente de classe, cor, sexo, idade ou religião.

A guerra sem quartel que a policia vem travando inutilmente contra a bandidagem se vê enormemente prejudicada pela falta de meios. Em tempos idos, vários foram os teatros de operações dessa contenda, sem que em nenhum delas tenha sido possível aos agentes da lei enfrentar o poderio da marginalidade, em decorrência, dentre tantas carências, de equipamentos modernos e veículos, apenas para ficar nesses dois exemplos, mas há outros, como os péssimos salários pagos aos que expõem diariamente as suas vidas para salvaguardar a população, enquanto do lado dos que se entregam ao crime, à bandidagem, o que se observa e a sofisticação de métodos e de armamentos.

Algo precisava ser feito. A Lei não pode frequentemente ser tripudiada, ferida e transgredida por ninguém. Pelo visto, Rondônia começou a respirar novos ares, se não em todos os setores da atividade pública, mas na seara da segurança a mudança começou.