A nau dos insensatos

Acho que o Brasil tem jeito, sim! E torço por isso, independente de coloração partidária, porque agir o contrário seria um procedimento burro, uma vez que os reflexos de uma eventual catástrofe atingiriam a todos.

Valdemir Caldas
Publicada em 29 de janeiro de 2019 às 15:45
A nau dos insensatos

(*) Valdemir Caldas

Têm pessoas que, só porque o candidato de sua preferência foi abatido nas urnas, passam não somente a torcer pelo fracasso do vitorioso, como também a integrarem o time do “quanto pior melhor”. Agem, apenas, movidas por mesquinhos privilégios partidários ou de grupos, em detrimento dos legítimos interesses do país e da sua gente, especialmente dos segmentos mais sofridos da população. O pior é verificar pessoas com certo grau de conhecimento embarcando nessa nau dos insensatos.

Para essa gente, “como é possível falar de um Brasil melhor, se o país está cercado de problemas por todos os lados?”. E, na histeria de desesperança patológica, iniciam o desfiar de um rosário infindável de dificuldades e lamentações, quando não enveredam pelo caminho sinuoso de acusações inócuas, destituídas de conteúdo ético, pelo simples desejo de protestar, ou, o que é pior, de querer ver o circo pegar fogo para, assim, tentar colher as melhores castanhas no braseiro.

É claro que, para os pessimistas e fracassados, o melhor é que tudo fosse deixado como estava, com a corrupção correndo solta no pasto, engordando suas crias, com dinheiro roubado dos cofres públicos, extraído do contribuinte brasileiro, mediante a cobrança de um sem-número de impostos, taxas e contribuições, e não se buscar mecanismos que permitam o resgaste das condições de vida do povo e a restauração da dignidade do Brasil.

Quero deixar claro para essas aves de rapina agourentas que amo o Brasil e, de maneira especial, Porto Velho, apesar dos problemas impostos à população por administradores incompetentes, que teimam em confundir o patrimônio público com os quintais de suas casas. Por isso, não desisto nem do meu país, nem da cidade que me acolheu. Jamais serei contaminado pelo vírus do pessimismo, tampouco deixarei que o ódio seja o motor que me conduz, visível em algumas figuras, cujas inteligências não merecem maiores elogios.

Acho que o Brasil tem jeito, sim! E torço por isso, independente de coloração partidária, porque agir o contrário seria um procedimento burro, uma vez que os reflexos de uma eventual catástrofe atingiriam a todos.

 

Comentários

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    Geraldo Linhares 31/01/2019

    A insensatez que hoje é identificada em oposicionistas ferrenhos, é a mesma que, outrora, transparecia em muitos artigos publicados pelo colunista Mimimi Caldas. Lembro que o ex-governador Confúcio, apesar de haver governado o Estado com muito êxito, colocando-o entre os poucos estados da federação que possuem vida financeira relativamente equilibrada, sofria constantes e ácidas críticas do colunista. Os ex-prefeitos Sobrinho e Nazif também sofreram sob a chibata do ferrenho crítico em comento. E agora, quando se critica os desatinos do capitão Boso, lá vem o Caldas, elencando adjetivos dos menos nobres, e atribuindo-os aos opositores do insano governo federal. Ninguém é obrigado a aplaudir ou respeitar a quem chegou ao poder pelo voto, mas que não reúne qualquer atributo necessário para conduzir os destinos do país. Todos os idólatras do mito poderão cantar loas ao mestre. Da mesma forma, os críticos deste têm o direito de apontar defeitos e querer mudanças. Tudo dentro da lei. Cada um no seu quadrado. Ou será que os opositores também terão que bater continência, comprar quatro armas, filiar-se a uma milícia, maltratar mulheres e voltar a colocar um trema na palavra "questão"... As críticas são permitidas também a quem pensa diferente de nós.

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