A oficialização do crime

É a oficialização da corrupção. Esse pessoal não aprende, mesmo! Parece coisa patológica. Santo Deus!

Valdemir Caldas
Publicada em 30 de novembro de 2018 às 12:05
A oficialização do crime

(*) Valdemir Caldas

A polícia Federal desmantelou mais uma quadrilha de graúdos da política rondoniense, acusada de fazer parte de um forte esquema de propinas. É a oficialização da corrupção. Esse pessoal não aprende, mesmo! Parece coisa patológica. Santo Deus!

O Ministério Público Federal e a Polícia Federal têm apertando o cerco aos pilhadores do erário. Um ex-presidente da República está em cana na carceragem da PF, em Curitiba, acusado de ser o mentor e beneficiário do maior esquema de corrupção de que se tem notícia na história mundial.

Um ex-presidente da Câmara dos Deputados também está enjaulado. E um dos maiores empresários da construção civil trocou sua mansão por uma cela, mas nada disso parece intimidar essa gente.

Diariamente, a população vem tomando conhecimento de vários escândalos nos mais diferentes setores da atividade pública, o que mostra que o que enfrentamos é uma profunda crise de caráter no manuseio dos recursos extraídos da população.

A cartilha da ambição, da deslealdade e do cinismo, continua a todo vapor a nortear a conduta de pessoas que se elegem pregando a moralidade, a transparência e a responsabilidade, mas não resistem à tentação do prato de lentilha. Muitos buscam o poder com a intenção firme e determinada de saquear os cofres públicos e alcançar a impunidade. Alguns fazem planos e contabilizam as vantagens que vão auferir, não se importando com o fato de que toda a sociedade está vendo, sofrendo e repudiando seus atos.

Isso mostra o conceito que certos indivíduos têm dos interesses coletivos e do bem comum. Interesses esses, aliás, que em nada guardam a menor correspondência com os avanços sociais. Usam os cargos públicos para auferir privilégios espúrios e imediatistas, distribuir prebendas e premiar parentes e aderentes, revelando, apenas, o mau-caratismo de que são possuidores, indiferentes ao sofrimento de milhares e milhares de irmãos, que vegetam na mais abjeta inanição.   

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