Abastecimento de água – ausência de decisão

O abastecimento de água na cidade de Porto Velho é um problema crônico, que se arrasta há vários anos.

Valdemir Caldas
Publicada em 28 de novembro de 2017 às 13:15

O abastecimento de água na cidade de Porto Velho é um problema crônico, que se arrasta há vários anos. A Câmara Municipal até que se tem esforçado para tentar resolver o problema. Várias audiências públicas foram realizadas nesse sentido, mas, infelizmente, não se percebe a mesma disposição da parte da prefeitura, nem da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (CAERD). O problema tem sido citado em diversas ocasiões, mas não conseguiu sensibilizar os verdadeiros responsáveis.

Os pedidos, ora da população, vítima direita da falta e/ou da escassez de água, ora de vereadores, para que os gestores públicos tomem providências, vêm sendo arrastados e silenciados. Não se vê entre eles (prefeitura e Caerd) uma sintonia que sinalize para enfrentar essa situação vexatória dentro de outra perspectiva.

É uma maldade o que se faz com a população de Porto Velho, no que se refere ao abastecimento de água, principalmente com aquelas camadas mais necessitadas. Quatro dias atrás, moradores do Orgulho do Madeira bloquearam a principal rua de acesso ao conjunto em sinal de protesto contra a falta de água.

O problema do abastecimento de água na capital é o resultado de atos político-administrativos tomados sem a devida precaução e análise adequadas, que acabaram se constituindo em grandes e graves transtornos sociais.

Nesse caso, em particular, erros teriam sido cometidos e a autoridade pública deu visibilidade a conquistas que se não realizaram, à execução de serviços que não aconteceram e à adoção de um modelo de distribuição de água que não chegou às tubulações.

Quando as coisas apertam, a Caerd sai às ruas e resolve fazer alguns buracos. A prefeitura, por sua vez, reclama. Ninguém se entende e fica o dito pelo não dito. Os dias passam e o acesso água continua sendo um desafio para milhares de famílias portovelhenses, exploradas e desrespeitadas em seus direitos básicos, dentre eles, o de ter água em condições de consumo, colocando em risco a saúde.  

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