Acordo arrebentou, mais uma vez, no bolso do trabalhador
E repare que o presidente descartou a possibilidade de aumentar impostos, mas, neste país de faz-de-conta, só mesmo um doido varrido poderia acreditar nas promessas de certos políticos e dirigentes públicos.
Depois de empurrar goela abaixo do trabalhador uma reforma trabalhista apenas para satisfazer o apetite voraz de segmento empresarial brasileiro, o presidente Michel Temer resolveu ir fundo no furado bolso do contribuinte, aumentado à carga tributária. Não é por demais repisar, contudo, que o Brasil está entre os dez países que têm a maior carga tributária, e é o que oferece o pior retorno em benefício à população dos valores cobrados.
E repare que o presidente descartou a possibilidade de aumentar impostos, mas, neste país de faz-de-conta, só mesmo um doido varrido poderia acreditar nas promessas de certos políticos e dirigentes públicos. O resultado é mais uma metida de mão no salário do trabalhador para cobrir o rombo nas contas públicas, causado, em parte, por desacertos governamentais, incluindo a compra de deputados, para os quais o exercício de um mandato não passa da oportunidade de amealhar recursos financeiros, impossíveis de alcançar por esforço mais árduo e consequente.
E aí vem o presidente e pede ao povo que aceite, pacificamente, mais uma redução em seus ganhos. Muitos não aceitaram. Tanto que saíram às ruas de capitais e grandes cidades brasileiras para protestar, ao contrário dos covardes e acomodados, como sempre acontece, que preferiram fechar-se em casulo, como se estivessem imunes à crise pela qual passa o país.
O brasileiro, em sua maioria, não aguenta mais ser explorado. E começa a manifestar sinais de cansaço, sobretudo quando se observa a prevalência de privilégios de grupos sobre os interesses coletivos. Mas é preciso avança mais. Somente assim, alcançaremos patamares cada vez mais altos em nossa escalada. Não podemos deixar-nos vencer pelo sentimento de descrença e desânimo dos céticos de plantão.
Não há uma só nação cuja caminhada nos sentido da democracia e do resguardo dos interesses coletivos se tenha marcado por trajetória linear. Por isso, não é hora de cruzar os braços e achar que os problemas serão resolvidos num passe de mágica. Não! Urge lutar, espernear, sair às ruas para protestar, porque essa é a única maneira de demonstrarmos nossa insatisfação com a atual conjuntura em que se encontra o Brasil, em decorrência da incompetência e da corrupção.
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