Acusado continua negando ter matado namorada em Cerejeiras; mulher é solta a pedido de delegado 

Spiça está reunindo provas materiais para novo interrogatório.

Folha do Sul
Publicada em 27 de abril de 2017 às 13:56
Acusado continua negando ter matado namorada em Cerejeiras; mulher é solta a pedido de delegado 

Uma investigação em andamento. É nesse estágio que está a apuração do assassinato da garota Jéssica Moreira Hernandes, de 17 anos, cujo corpo foi encontrado em Cerejeiras esta semana. As autoridades estão trabalhando no caso desde o desaparecimento da vítima, encontrada morta somente cinco dias depois, na última segunda, 25.

Na manhã desta quinta, 27, o FOLHA DO SUL ONLINE conversou com o delegado da Polícia Civil de Cerejeiras, Rodrigo Spiça, que comanda a investigação do caso.

Segundo o delegado, objetos da garota foram encontrados dentro de um poço na mesma casa onde aconteceu o homicídio. Os objetos encontrados e a forma como foram achados batem com o depoimento do primo do namorado da vítima, Diogo Parente. Foram retirados de dentro de um poço, que tem uma tampa de concreto e apenas uma pequena abertura ao lado, os seguintes objetos: uma bicicleta desmontada e duas camisetas masculinas, ambas manchadas de sangue.

Além desses objetos encontrados, a polícia também analisa outras provas materiais, como a própria casa e o veículo do namorado da vítima, suspeito de ser o autor dos golpes que a mataram.

Segundo o delegado Rodrigo Spiça relatou ao FOLHA DO SUL ONLINE, o principal suspeito pelo assassinato da garota, o namorado dela, ainda não confessou o crime. “Depois do último depoimento dele, na terça, não voltei a interrogá-lo, pois estou reunindo as provas materiais primeiro para voltar a ouvi-lo. Tive apenas um diálogo rápido e ele continuou negando a participação dele no crime. Até o momento ele não confessou”, disse o delegado.

Ainda de acordo com o delegado Rodrigo Spiça, a esposa do primo do namorado, Idiana Parente, foi liberada da prisão temporária nesta quarta, 26. A vendedora estava em prisão temporária por, inicialmente, dar a entender que estaria protegendo o marido, o que poderia ter sinalizado algum nível de participação dela no caso. No entanto, nenhum envolvimento dela foi confirmado pelas investigações e a prisão temporária foi revogada a pedido do próprio delegado.

Já os dois suspeitos, um confesso e ou outro ainda negando a autoria do fato, continuam presos, em local que a polícia evita informar.

ENTENDA A INVESTIGAÇÃO

Na segunda, 25, um corpo feminino foi encontrado na Linha 4. A Polícia Técnico-Científica de Vilhena começou a analisar a cena do crime (FOTO). Foi confirmado que o corpo encontrado era da garota Jéssica. Na última terça, 26, três suspeitos pela morte da moça foram detidos, com o pedido de prisão temporária feito pelo delegado. Os detidos foram: o namorado de Jéssica, Ismael Silva, 30 anos, o primo dele, Diego de Sá Parente, e a esposa, Idiana Parente.

Com o andar das investigações, Diego parente confessa sua participação no assassinato, dizendo que o namorado da vítima, Ismael Silva, a matou após golpeá-la com uma barra de ferro na cabeça, uma facada nas costas e outras duas na garganta.  Diego ainda deu detalhes de onde estariam objetos da vítima, como a bicicleta, que teria sido jogado dentro de um poço. Dentro deste poço, o primo do principal suspeito diz também que teria jogado duas camisetas sujas de sangue da vítima (a dele e a de Ismael).

Na quarta, 26, em uma coletiva à imprensa, o delegado Rodrigo Spiça, acompanhado pelo delegado regional da Polícia Civil Fábio Campos, esclareceu que uma das detidas, Idiana Parente, não era mais considerada como suspeita, devido à falta de indícios que a incrimine sobre qualquer participação no crime. “Até agora as investigações mostram que ela é inocente e deve ser recebida pela sociedade como uma pessoa de bem”, disse o delgado na entrevista de então.

Winz

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