Acusados de matar adolescente são condenados em Cerejeiras; namorado da vítima pega 1 ano e primo dele, 19

Um dos réus chorou durante o julgamento; outro permaneceu inabalável.

Folha do Sul 
Publicada em 24 de agosto de 2018 às 09:41
Acusados de matar adolescente são condenados em Cerejeiras; namorado da vítima pega 1 ano e primo dele, 19

Sob forte aparato policial, acaba de encerrar, no final da noite desta quinta-feira, 23, na cidade de Cerejeiras, o júri popular ao qual foram submetidos os dois acusados de envolvimento na morte da adolescente Jéssica Moreira Hernandes, de 17 anos, em abril do ano passado. O corpo da garota, que era dada como desaparecida, foi encontrado na área rural do município, com várias perfurações de faca.

Namorado da vítima na época, o servidor estadual Isamael Silva, hoje com 36 anos, foi preso junto com o primo, Diego de Sá Parente, ambos como principais suspeitos da brutalidade. Em depoimentos separados, um apontava o outro como autor da selvageria contra a menina.

Ismael foi solto e chegou até mesmo a ser excluído do julgamento, mas uma ação do Ministério Público, contestando a decisão de primeira instância, fez o Tribunal de Justiça de Rondônia recolocá-lo no banco dos réus.

Em seus respectivos depoimentos hoje, os dois réus sustentaram suas versões: Ismael dizendo que Diego agiu por interesse afetivo em Jéssica e o outro rebatendo, apontando a ação do namorado, motivada por ciúmes, após descobrir, num “teste de fidelidade” feito através do WhatsApp, que havia sido traído pela parceira.

Diego também aproveitou sua fala para isentar de qualquer participação no crime a esposa, a funcionária de uma loja de eletromóveis em Cerejeiras, Idiana Matias, que chegou a ser presa e, como Isamel, também libertada.

Quando os jurados foram para a cabine de votação, o clima ficou tenso, já que o resultado era considerado imprevisível até mesmo por advogados presentes ao evento.

E, então, pouco antes da meia noite, saiu a sentença, acompanhada pelo repórter Rildo Costa no Fórum de Cerejeiras: Diego, que chorou durante o julgamento, foi condenado a 19 anos de prisão: 18 pelo assassinato triplamente qualificado e 1 pela ocultação do cadáver. Ele vai retornar para a cadeia, uma vez que já estava preso. Ismael, que permaneceu inabalável emocionalmente, foi inocentado da acusação de homicídio, mas pegou um ano por ter ajudado a esconder o corpo. Ele poderá recorrer em liberdade até o julgamento do recurso.

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