Adeus contribuição sindical!

Graças a Deus, o plenário da Câmara dos Deputados acabou de uma vez por todas com a obrigatoriedade da malsinada contribuição sindical.

Valdemir Caldas
Publicada em 28 de abril de 2017 às 08:58

Graças a Deus, o plenário da Câmara dos Deputados acabou de uma vez por todas com a obrigatoriedade da malsinada contribuição sindical, uma teta enorme, que servia muito mais para manter mordomias de sindicalistas do que mesmo para atender às reais necessidades dos trabalhadores, que já não mais aguenta desembolsar, anualmente, um dia de seus ganhos, para satisfazer o apetite voraz de sindicalistas.

A partir de agora, o trabalhador só vai pagar a contribuição se quiser. Antes, o dinheiro era descontado direto na folha de pagamento, independente de ele ser ou não filiado à entidade sindical. O Paulinho da Força (aquele acusado por um dos delatores da Lava Jato de receber um milhão de reais da Odebrecht para desmantelar greves) ficou fulo da vida com o fim da obrigatoriedade do imposto. Nada impede, porém, que o presidente Michel Temer, pressionado por representantes de entidades sindicais e patronais, vete a medida.

Dados do Ministério do Trabalho revelam que, das quase 10 mil entidades sindicais, 480 teriam recebido, no ano passado, cada uma, um milhão de reais do imposto conhecido como contribuição sindical. Vale salientar, contudo, que entidades patronais também recebem parte da bolada. É por isso que essa gente é capaz de qualquer sacrifício para não largar essa mina de ouro, cuja exploração não requer nenhum sacrifício. Os trabalhadores, públicos e privados, precisam sair às ruas para exigirem a extinção da obrigatoriedade do imposto sindical.

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