Agência Idaron alerta produtores sobre a importância da vacinação contra a raiva animal; Rondônia teve quatro casos em 2018

O principal transmissor da doença são os morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue) que, ao morderem as criações, transmitem o vírus presente em sua saliva, levando o animal a morte.

Antonia Lima/Fotos: Jeferson Mota e arquivo Secom
Publicada em 19 de março de 2019 às 11:27
Agência Idaron alerta produtores sobre a importância da vacinação contra a raiva animal; Rondônia teve quatro casos em 2018

Na propriedade onde ocorreu o foco são armadas redes para a captura de morcegos

A Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron) reforça aos produtores rurais a importância dos cuidados com o rebanho na prevenção da raiva animal. De acordo com o Presidente da Idaron, Júlio Cesar Rocha Prestes, a raiva animal é uma doença causada por um vírus que ataca bovinos, bubalinos, cavalos, burros, jumentos, mulas, cabritos, ovelhas, porcos, cães e gatos, podendo também ser transmitida ao homem.

TRANSMISSÃO

O principal transmissor da doença são os morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue) que, ao morderem as criações, transmitem o vírus presente em sua saliva, levando o animal a morte.

SINTOMAS

Se o produtor perceber que um animal está isolado dos demais, com dificuldade de caminhar, caído, babando, não se levanta, ou é encontrado morto, é importante procurar um escritório da Agência Idaron para comunicar o ocorrido. De acordo com o Coordenador do Programa Estadual de Controle da raiva dos Herbívoros, Dalmo Bastos Sant’Anna, é importante que a notificação seja feita o mais breve possível, evitando assim maiores prejuízos, já que a raiva sempre leva à morte.

Em 2018 foram registrados quatro casos de raiva animal no estado.

CONTROLE DE FOCOS

Quando ocorre um foco da doença, a vacinação torna-se obrigatória nas propriedades existentes em um raio de 12 Km a partir da propriedade onde ocorreu o foco. São realizadas visitas nestas propriedades para verificar a existência de animais suspeitos da doença, ataques por morcegos, abrigos de morcegos, além de orientação técnica e distribuição de material informativo sobre a doença.

Na propriedade onde ocorreu o foco são armadas redes para a captura de morcegos, fazendo assim um controle da população dos transmissores, diminuindo os ataques aos animais e o risco de ocorrência de novos casos.

Sempre que ocorre um caso de raiva animal, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) é comunicada para tomar as medidas necessárias em relação às pessoas e aos pequenos animais como cães e gatos, fechando assim o cerco contra a raiva.

Dalmo Sant’Anna ressalta ainda que a  Idaron realiza um trabalho permanente de atendimento às notificações de animais suspeitos, com a coleta de material para exames laboratoriais. Realizamos ainda o cadastramento de abrigos e captura de morcegos hematófagos em propriedades com relatos de ataques de morcegos.

PREVENÇÃO

A vacinação não é obrigatória, mas é a melhor forma de prevenir o rebanho da doença. Ela deve ser feita uma vez ao ano, mas, em caso de primeira vacinação, é necessário o animal tomar um reforço após 30 dias. O produtor deve declarar a vacinação contra a raiva, no escritório da Idaron, levando a nota fiscal da compra da vacina e a relação dos animais vacinados.

Comentários

    Seja o primeiro a comentar

Envie seu Comentário

 
NetBet

Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook