A Energisa não tem nada a ver com o aumento de 20 por cento nas contas de energia elétrica, decidido e determinado pela Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel, assim como os donos de postos de combustíveis não podem ser condenados pelos consumidores, quando a Petrobras determina aumento nos preços da gasolina, do óleo diesel e dos demais derivados de petróleo. As distribuidoras (repete-se os exemplos da Energisa e dos postos), apenas repassam, às vezes a contragosto, os valores que são obrigados a cobrar, por decisão que vem de cima para baixo. No caso do pesado reajuste na conta de consumo de energia, a Aneel tenta explicar que o fator mais importante, o que mais impactou na sua decisão, foi recuperar as perdas do setor, devido aquilo que ela chama de “escassez hídrica”, o que, traduzindo para o bom Português, significa que houve pouca água nos reservatórios do país. O que para Rondônia, aliás, soa como um absurdo, porque a tal “escassez hídrica” nunca aconteceu por aqui. Há outros fatores que contribuíram para o reajuste, tenta explicar a Aneel, embora não consiga convencer os rondonienses de um aumento tão significativo nas suas contas de consumo de energia (acima de 20 por cento), quando a inflação no país está abaixo dos 5 por cento. Mas, claro, para a Aneel, isso é apenas um detalhe.