Agevisa pede empenho de secretários e coordenadores de endemias para evitar proliferação do Aedes aegypti
Eles deverão orientar a população quanto a medidas preventivas contra a transmissão de doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti
Larvas do mosquito Aedes aegypti criadas em laboratório
Chuvas contínuas, acúmulo de água e possibilidade de proliferação de mosquitos, eis o cenário indesejável do final de ano e início de 2020 em Rondônia.
A Agevisa iniciou hoje (20) a mobilização de secretários municipais de saúde, coordenadores de endemias e vigilância epidemiológica e deles espera o máximo empenho na orientação da população quanto a medidas preventivas contra a transmissão de doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti.
Segundo boletim epidemiológico publicado pela Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), Rondônia teve um aumento de 22% de casos de dengue de janeiro a outubro. Nesse mesmo período, a Zika aumentou 63% e Chikungunya, 10%. Isso ocorreu desde o período chuvoso do ano passado até o momento, de acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Dois municípios estão em surto de dengue: Alta Floresta d’Oeste e Cabixi. Quatro em estado de alerta para dengue: Buritis, Campo Novo de Rondônia, Primavera de Rondônia e Pimenteiras do Oeste para Chikungunya.
O Levantamento de Índice Rápido (LIRAa) do Ministério da Saúde revelou: na maioria dos municípios, o maior foco de criadouros é o lixo doméstico.
“A prevenção contra a transmissão de arboviroses urbanas é fundamental para conter o risco de proliferação”, alertou a diretora geral da Agevisa, enfermeira Ana Flora Gerhardt.
A Agevisa recomenda aos secretários e coordenadores rigorosa limpeza de terrenos, que é a maneira mais eficaz de eliminação de criadouros. “A colaboração da população evita esse problema”, apelou.
Nesse aspecto, a agência sugere a instalação de comitês intersetoriais, também conhecidos por salas de situação, responsáveis pelo monitoramento de ações de controle do mosquito.
Esses comitês devem ser integrados por órgãos públicos coordenados pela saúde, com a participação de setores educacionais, meio ambiente, obras/infraestrutura, segurança, planejamento, entre outros.
“Parcerias são também importantes para o êxito desse trabalho”, ela assinala. Ana Gerhardt explica que podem organizados mutirões de limpeza por setores públicos, pois eles conhecem a realidade local.
Atividades de educação em saúde, com a comunidade escolar, mais estratégias de comunicação podem ter a colaboração de todos.
INSETICIDAS
A Agevisa informou nesta quarta-feira que aguarda o repasse de nova remessa de inseticidas Malathion EW-44%, ou substituto.
O Ministério da Saúde recomenda a utilização desse produto somente em casos de surto e epidemias.
O Bendiocarb já distribuído em quantidade suficiente já foi distribuído aos municípios para borrifação perifocal em pontos estratégicos: borracharias, cemitérios e ferros-velhos.
“Basta o município nos solicitar o necessário, que ainda temos uma reserva técnica disponível”, informou o técnico de vigilância em saúde na Agevisa/Sesau/Ministério da Saúde Erenaldo da Cunha Santos.
Segundo o técnico, a Agevisa também dispõe de estoques disponíveis do larvicida SumiLarv, que serve para a eliminação de criadouros residenciais.
Os três poderão ser substituídos pelo Ministério da Saúde a partir do próximo ano.
PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES SEMANAIS
1) Eliminação dos criadouros em residências, com a retirada de garrafas, baldes e pratinhos de vasos de plantas e outros recipientes (vasilhames de gatos e cachorros) que acumulam água;
2) Atividades de mutirão para limpeza completa;
3) Colocação de telas em suspiros de fossas sépticas;
4) Fazer semanalmente limpeza de calhas, caixas-d’água (que necessitam também serem tampadas), piscinas e tanques.
5) Retirar toda a semana, dos coletores de água (atrás do motor) de geladeira e de aparelhos de ar condicionado;
6) Lavar ralos e manter tampados vasos sanitários, em qualquer situação.
Segundo Erenaldo Santos, essas recomendações são válidas para toda a população de modo geral. Ele recomenda especial atenção com terrenos baldios e residências fechadas. “Recebam bem os agentes de controle de endemias para identificação de possíveis criadouros”, ele pede.
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