Agricultores denunciam perseguição e fechamento de agroindústrias pelo Idaron

Presidente do órgão foi convocado a dar explicação na Comissão de Agricultura da Assembleia

Edna Okabayashi Foto: Junior Cazangi
Publicada em 17 de junho de 2020 às 13:38
Agricultores denunciam perseguição e fechamento de agroindústrias pelo Idaron

Agricultores que atuam na região do Café e Zona da Mata procuraram o deputado, Cirone Deiró, presidente da Comissão de Agricultura para denunciar práticas abusivas da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril- Idaron contra as agroindústrias que atuam no setor de produção de alimentos. Documentos entregues ao presidente da comissão de agricultura revelam que fiscais do Idaron, acompanhados da Polícia Militar interditaram uma agroindústria no município de Nova Brasilândia. A medida trouxe prejuízos de toda ordem ao proprietário da agroindústria.

De acordo com o produtor rural, Adalto da Silva Leite, que foi alvo da ação do Idaron, a interdição ocorreu depois que os fiscais do Idaron passaram a exigir o cumprimento de uma série de normas que foram alteradas recentemente e que ele ainda não tinha conhecimento em relação as novas exigências estabelecidas nessas normas ou portarias. “Aqui, na roça a gente levanta cedo e trabalha até a noite, não tem tempo de ir até o escritório do Idaron para saber quais alterações estão sendo feitas na legislação. Sempre trabalhei acreditando que entre as atribuições dos técnicos estivessem incluídas a orientação e esclarecimento, além de nós auxiliar na tomada de decisão para a devida adequação da nova legislação vigente”, desabafou o produtor rural.

O deputado Cirone Deiró manifestou sua indignação com os fatos relatados pelos agricultores e lamentou que em tempo de recessão e desemprego, um dos mais importantes órgãos do governo do estado esteja perseguindo agricultores e fechando agroindústrias. “Somos um estado de atividade predominantemente agrícola e será pelo setor produtivo agropecuário que vamos retomar a economia e voltar à normalidade na geração de emprego e renda no campo e na cidade”, assegurou.

Para o presidente da Comissão de Agricultura tratar quem está produzindo alimentos com atitudes truculentas e inconsequentes é uma agressão inadmissível e merece uma explicação por parte do Idaron. Segundo o parlamentar, os agricultores em sua grande maioria trabalham e vivem na área rural, são pessoas simples que honram os seus compromissos em todos os aspectos. “Por isso, recebo com o sentimento de revolta e estranheza os relatos de perseguições e fechamentos de agroindústrias que estão ocorrendo”, afirmou.  

Presidente do Idaron foi convocado a dar explicação

O presidente do Idaron foi convocado pela Assembleia para explicar as denúncias que têm sido feitas pelos agricultores em relação as práticas abusivas e excessivas exigências do órgão. O requerimento de convocação do presidente Júlio Cesar Rocha Peres, foi assinado pelos deputados Cirone Deiró e Jair Montes. Ele será ouvido pela Comissão de Agricultura no próximo dia 23. Além de explicar aos parlamentares os fatos ocorridos, o presidente deve apresentar uma solução para colocar fim ao sentimento de insegurança provocados pelas ações de repressão praticadas pelo Idaron.

Para o presidente da Comissão de Agricultura, deputado Cirone Deiró o momento exige do governo, das secretarias e autarquias voltadas a atender o setor produtivo agrícola e empresarial medidas de apoio, incentivo e acolhimento de suas demandas. “Pelos relatos que recebi essa semana, está ocorrendo totalmente o contrário, em meio a maior crise econômica que atravessamos quem ainda está conseguindo manter sua atividade econômica está sendo perseguido”, questionou o parlamentar.

Comentários

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    joao 18/06/2020

    Senhores deputados, o agro em Rondônia, que é responsável por um percentual muito expressivo no PIB/estadual, vem de produtores conscientes de que seus projetos para serem sustentáveis, devem estar dentro das normais legais estabelecidas pela legislação vigente, e cabe ao órgão regulador estadual, manter as normas e orientar os produtores para que não existam empresas a margem da lei, as quais estarão colocando em risco a saúde publica, a Agencia idaron e seus servidores tem uma responsabilidade enorme pelo atual momento positivo e colaborado para manter a balança comercial de arrecadação do estado equilibrada, além destes fatos acima neste ano de 2020, Rondônia deixou de vacinar seu rebanho bovino, em um trabalho excelente, realizado entre produtores rurais e os servidores do IDARON, sempre no cumprimento de sua missão na defesa sanitária animal...

  • 2
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    João 18/06/2020

    O correto mesmo seria deixar a agroindústria produzir alimentos sem a menor condição para isso. O correto seria deixar a agroindústria oferecer à população um alimento contaminado e com grande potencial de transmissão de doenças. O correto seria o estado não proteger aquelas agroindústrias do mesmo seguimento da que foi interditada, porém, regularizada e com as condições higiênico-sanitárias cumpridas. O correto é deixar que tudo o que é clandestino funcione normalmente. Leis para que, não é?

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    Almir 17/06/2020

    Pode haver exagero por parte da Agencia, conheço alguns servidores arrogantes e truculentos, porém também creio que produtores quando produzem numa escala significativa já é considerado empresário e precisa se adequar a Legislação. Provavelmente ocorreu algo nesse sentido, Relembro na gestão anterior houve grande oportunidade dos produtores se adequarem na regularização de agro, onde diversas agro ind se adequaram com menor burocracia. Questionar as Leis que o próprio Legislativo elabora pra fazer média com eleitores, hoje em dia tá normal. Vimos no caso da questão ambiental na Amazônia hoje o Presidente e ex deputado vai contra.

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