Projeto de lei do deputado Alan Queiroz (Podemos), que institui a obrigatoriedade de policiamento ostensivo e específico nas instituições de ensino sediadas em Rondônia e dá outras providências, foi aprovado nesta terça-feira (11).

O parlamentar destacou que o projeto está apto para votação desde 21 de março deste ano, antes da onda de atentados nas escolas contra alunos, professores e outros funcionários do setor educacional

Alan Queiroz parabenizou os demais deputados que falaram sobre o tema ou apresentaram instrumentos de combate à violência nos estabelecimentos educacionais. Ele sugeriu, inclusive, uma audiência pública, um amplo debate para se buscar as causas da multiplicação dos casos. Em um primeiro momento, no entanto, conforme afirmou, é importante conter esse mal o quanto antes.

"Quando o documento foi elaborado foi pensado justamente nestas prevenções, combatendo, por exemplo, os "jogos mortais", o desajuste da saúde mental e  o tráfico de droga nos entornos das escolas," descreveu, ao ilustrar que recentemente visitou uma escola pública tradicional da cidade e foi informando que traficantes aliciam jovens nos arredores do prédio. "São situações que exigem também rígidas ações das autoridades," observou.

Aproveitou para enaltecer as polícias que atuam em Rondônia. "É nestas horas difíceis que se mede a importância da força policial, da entrega desses profissionais em favor do bem comum. É preciso valorizar mais esses policiais sempre prontos para agir." Afirmou que apenas na Polícia Militar há uma defasagem de 2 mil homens. "Mesmo assim, a PM e outras corporações não medem esforços para servir a sociedade da melhor maneira possível," frisou.

O orador destacou o posicionamento do deputado Jean Oliveira (MDB), que defendeu medidas alternativas para enfrentar os criminosos. "Foi uma postura dura, mas eu percebi no senhor a postura de grande deputado, mas também de um pai de família. Jean representou o sentimento de pessoas de todo o país que perderam seus "anjinhos". A gente apenas imagina o que deve ser essa dor," disse.

Asseverou que o mais importante agora é que tudo isso tenha fim, com a proteção dos alunos e dos trabalhadores, e que o poder público faça sua parte. Sugeriu ainda a volta de equipamentos para os setores de segurança pública, com as rondas sendo feitas também por policiais pilotando motocicletas. "Isso iria possibilitar uma segurança mais efetiva e numa área maior de abrangência,"  explicou.