Alunos da rede rural continuam perdendo aula por falta ônibus

Por Valdemir Caldas

Valdemir Caldas
Publicada em 26 de setembro de 2018 às 15:39

O transporte escolar rural voltou a ser tema de discussão na manhã de terça-feira (25). Primeiro, na Comissão de Educação da Câmara Municipal de Porto Velho, presidida pelo competente vereador Aleks Palitot, com a participação de representantes da prefeitura, do Ministério Público de Rondônia e de concessionárias, e, depois, no plenário da Câmara, motivado pelo vereador Antonio Carlos da Silva.

Mais uma vez, o vereador aproveitou para deitar o relho no lombo do prefeito Hildon Chaves, acusando-o de ser o responsável pelo caos que se instalou no setor. Não adianta, segundo ele, apenas melhorar o transporte se as estradas vicinais estão em péssimo estado de conservação, praticamente intransitáveis. “A menos que o prefeito arranje um avião para transportar os alunos”, ironizou o parlamentar, que foi ajudado pelo colega Jacaré, durante a sessão de espancamento.

Jacaré é outro que não anda nenhum pouco satisfeito com a qualidade do serviço prestado aos alunos da Ponta do Abunã, sua base eleitoral. Frequentemente, ele tem sido cobrado por moradores para buscar soluções junto ao poder público municipal não somente para resolver o problema do transporte escolar, como também outros assuntos essenciais à comunidade daquela região, mas parece que tem pregado a ouvidos moucos.

A população espera que as medidas para enfrentar a situação do transporte escolar rural sejam adotadas logo e que a prefeitura e as concessionárias consigam se entender e atuem juntas diante de um quadro grave, antes que aconteça o pior. Uma Nação só pode ser merecedora desse nome quando, dentre outras coisas, cuida da educação de seus cidadãos. Não é de hoje que alunos da área rural de Porto Velho vêm perdendo aula, simplesmente porque a competente equipe de técnicos do prefeito Hildon Chaves não consegue concluir uma maldita licitação para a contratação de uma empresa de ônibus, perdendo tempo discutindo competências e outras futilidades que vão do nada a lugar nenhum.

O que se vê, por parte do poder público municipal, é um tremendo descaso, uma brutal falta de respeito dos órgãos que têm a tarefa de proteger a vida das pessoas e garantir o cumprimento da legislação e um aparente pouco caso ao problema, que afeta centenas de crianças e adolescentes, que residem na área rural de Porto Velho.

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