Alvo de CPI em Vilhena, vereador elogia colegas, mas desconfia da “ação de adversários”
Célio Batista disse que está “de consciência tranqüila”.
Minutos após ter um pedido de CPI contra ele aprovado pela Câmara de Vilhena, o vereador Célio Batista (PR), cujo destino político agora está nas mãos dos colegas, concedeu entrevista ao FOLHA DO SUL ON LINE. Sobre a decisão, disse, aparentando tranqüilidade: “É bom pra tirar isso a limpo de uma vez, acabar com essa novela. Espero que a CPI faça um trabalho sem interferência política, com respeito às regras”.
Garantindo não ter “nenhum receio” das apurações, o parlamentar disse acreditar em ação de adversários para transformá-lo em alvo: “Com toda certeza há gente por trás. Tanto que o pedido de CPI contra mim foi feito pela mesma pessoa que havia pedido investigação contra o Cabeludo”, lembrou, referindo-se a Marcos Cabeludo (PHS), que já está sendo investigado pela CPI aprovada antes da dele.
“Eu acredito na justiça, Dimas, como também acredito nesta Comissão. Só espero que os membros dela se pautem pelo que está no processo, e não nas conversas paralelas que sempre escutei desde o início do meu mandato”, argumentou
Em outro desabafo, Batista alfinetou: “Não existe nada de concreto para abrir uma CPI contra mim. Eu não posso ir à Câmara, ao contrário de quem também foi alvo de outro pedido. Deixei meus colegas completamente livres para votar. O motivo de tanta pressão para me investigarem eu deixo para você e seus leitores tirarem as conclusões”.
Por que vc acha que a equipe da prefeita quer vê-lo cassado? “Eu estava trabalhando bastante em várias frente de denúncias, e continuam chegando muitas, mas só dentro do mandato você consegue avançar nas investigações. Foi isso que aconteceu”
Seja sincero: se você for cassado, entrega os pontos ou cai atirando? “Cair atirando não sei se seria a expressão correta a usar. Mas não vou ficar com minha consciência pesada”
O que você diria à população de Vilhena e aos seus colegas que vão investigá-lo? “Estou de consciência tranquila, tanto é que em nenhum momento pedi aos colegas que deixassem de votar na abertura da CPI. Todos têm o meu respeito e admiração. Só peço a eles que não decidam para me prejudicar a mando de grupos políticos ou partidos. O meu mandato é legítimo , e vou lutar por ele até as últimas instâncias se for o caso. Outra observação: agora era o momento de provar que não se deve nada. Deveriam deixar os vereadores decidirem sem convocar os comissionados para lotar a Câmara”.
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