Amazonas quer levar nossas grandes empresas e Rondônia pode perder anualmente 1 bilhão de reais em ICMS

O motivo é simples: as grandes empresas de distribuição de combustível (gasolina, diesel, gás de cozinha e outros derivados de petróleo), estão sendo instadas a se mudarem para Humaitá, no Amazonas, onde teriam acesso muito melhor e mais barato ao um porto, para desembarcarem suas mercadorias e as distribuir por toda a região.

Sergio Pires
Publicada em 11 de janeiro de 2019 às 08:40
Amazonas quer levar nossas grandes empresas e Rondônia pode perder anualmente 1 bilhão de reais em ICMS

Por falta de ação, por não priorizar uma obra vital; por empurrá-la com a barriga, há anos, entra governo e sai governo, Rondônia pode acabar tendo um prejuízo de tal monta, que levaria anos para se recuperar. Isso é, se conseguisse se recuperar algum dia! Os cofres do Estado podem perder, todo o mês, nada menos do que 80 milhões de reais (perto de 1 bilhão por ano ou um oitavo do total de seu atual orçamento de 2019), caso não resolva o problema da Estrada do Belmont. Isso mesmo! Uma pequena estrada, de pouco mais de quatro quilômetros, que não custaria aos cofres públicos mais que 8 milhões de reais, com todas as estruturas necessárias, pode causar um dano arrasa quarteirão à economia de Porto Velho e de Rondônia. O motivo é simples: as grandes empresas de distribuição de combustível (gasolina, diesel, gás de cozinha e outros derivados de petróleo), estão sendo instadas a se mudarem para Humaitá, no Amazonas, onde teriam acesso muito melhor e mais barato ao um porto, para desembarcarem suas mercadorias e as distribuir por toda a região. Várias grandes empresas, como a Ipiranga, a JBS, a ATEM Distribuidora, a PDV S.A. e outras, estão quase desistindo de trabalharem nas péssimas condições impostas por uma rodovia de chão batido, abandonada pelo poder público, mesmo que nela passem, todos os meses, alguma coisa em torno de 12 por cento de todo o ICMS recolhido nesta terra de Rondon. Em jogo, não apenas danos materiais e grandes perdas financeiras das empresas que ali recebem suas mercadorias. O abandono da Belmont prejudica também grande número de  moradores do bairro Nacional, que, desesperados, devido a péssima qualidade da Estrada, já a fecharam inúmeras vezes, exigindo uma solução que até agora não passou de promessas em série.

Ali, onde apenas uma balsa que vem do rio Madeira pode descarregar até 3 milhões de litros de combustível, empresas, caminhoneiros e moradores vivem um verdadeiro inferno, todos os dias. Há não apenas prejuízos porque a estrada de tão importantes terminais de carga e descarga, está longe de receber o apoio que merece (Prefeitura e Estado ficam empurrando o problema um para o outro) mas os há  igualmente, porque nenhum empresário pode imaginar fazer novos investimentos, ampliar seus negócios, comprar novos e modernos equipamentos, porque ninguém sabe até quando a Belmont estará aberta e até quando suportará o trânsito que abriga todos os dias. Há muito tempo as autoridades do Amazonas estão de olho nesse riquíssimo mercado de Porto Velho, que, infelizmente, nossas autoridades desprezam. Felizmente, há agora uma luz no fim do túnel: o governador Marcos Rocha já sabe do assunto e, ao que tudo indica, vai resolver priorizar a solução do problema.  Até porque poderia estourar nas mãos dele uma perda financeira absurda, causada por erros do passado , quando fizeram de conta que a Estrada do Belmont não é importante. Os 80 milhões de reais em ICMS, todos os meses, não são argumentos suficientes para resolver o problema?

TEM DINHEIRO PARA A OBRA

O deputado Eyder Brasil (PSL), único parlamentar eleito pelo partido do governador Marcos Rocha, tomou conhecimento do assunto ontem, ao participar do programa Papo de Redação, dos Dinossauros, na rádio Parecis FM. Imediatamente, entrou no circuito. Afirmou que vai pedir ao Governador que receba, com a maior urgência possível, uma comissão de empresários  da Estrada do Belmont e do Terminal  Petrobras, para discutir uma solução para o assunto. Daniel Pereira, em suas últimas semanas no comando do Estado, visitou a área e conversou com lideranças das empresas que ali funcionam. Viu de perto toda a situação, mas avisou que não teria recursos financeiros para dar início às obras de pavimentação ainda no seu governo. Contudo, deu uma boa notícia: há recursos destinados ao asfaltamento da Belmont, em toda a sua extensão de pouco mais de quatro quilômetros, previstos no orçamento de 2019. O que se sabe é que as empresas da Estrada do Belmont querem ficar aqui mesmo, onde algumas têm, inclusive, planos de expansão. Só mudariam para o Amazonas caso fossem totalmente abandonadas. O deputado Eyder Brasil já disse, ontem, que o governo rondoniense não permitirá que isso ocorra e que vai trabalhar em conjunto com os empresários, para resolver o problema.  Pode ser que ainda nessa sexta surjam novidades sobre o assunto.

SOBRAM SETE VOTOS

Vamos fazer uma soma, rapinho. O grupo liderado pelo deputado Eyder Brasil, na disputa pela Assembleia Legislativa, anuncia que já conta com 15 votos. Com isso, teria garantida a vitória tanto à Presidência quanto à Mesa Diretora. Seus concorrentes (Alex Redano, Jean Oliveira, Laerte Gomes, entre outros), têm certeza absoluta que já podem contar com a grande maioria dos votos: pelo menos 16. Ora, somando-se os 15 da turma de Eyder com os 16 da oposição, temos 31 votos. Aí  é que a conta não fecha, claro, porque são apenas 24 deputados. Onde estariam os outros sete? Claro que essa é uma forma bem humorada de colocar a situação da corrida pelo comando do parlamento rondoniense, na eleição que acontecerá na casa de shows Talismã, no próximo 1º de fevereiro. A verdade é que a corrida pelo voto dos parlamentares (12 novos, 12 reeleitos), vai acontecer até a 25ª hora, ou seja, não há como fazer uma previsão de quem realmente tem bala na agulha, como diria o apresentador Ratinho Massa. Os dois grupos estão trabalhando duro, fazendo o que mais os parlamentares gostam de fazer:  conversar. Aliás, que ninguém se surpreenda se, na última hora, surgir uma chapa de consenso, com nomes dos dois lados.

UM NOVO MEIO AMBIENTE

Um novo sistema de comando, voltado para os reais interesses ambientais, buscando uma convivência pacífica com a produção rural, começa a se notar pelos lados da Sedam. A Secretaria, que funcionava quase como um órgão fora do governo, um apêndice, com vida própria, decisões próprias e muitos problemas (operações policiais e prisões de servidores são casos recentes, fáceis de lembrar), começa, sob o comando do agente penitenciário Elias Rezende de Oliveira, a viver novos tempos. Por lá, ninguém mais tem coragem em falar que funcionários do órgão podem queimar máquinas e equipamentos, como alguns faziam até há pouco, em muitos casos destruindo os únicos meios de sobrevivência de famílias de pobres agricultores. A enorme burocracia (criando sempre dificuldades) e a demora quase eterna para liberação de licenças, segundo o novo secretário, são coisas do passado. Felizmente. Destravar processos e acelerar ações para a área do meio ambiente são prioridades. Já se vê resultados concretos em relação a isso, em poucos dias de trabalho do novo secretário e sua equipe. Pelos lados da Sedam, as coisas estão mudando. Pelo jeito, para muito melhor!

ACRE BUSCA NOSSA PARCERIA

O recém empossado governador do Acre faz visita oficial a seus vizinhos, para falar de integração, de agronegócio e de parcerias. Acompanhado do seu secretário  da Agricultura, Paulo Wadt, o governador Gladson Cameli será recebido por Marcos Rocha, no Palácio Rio Madeira/CPA, ainda nesta sexta. Depois ele vai ao interior do Estado. Em Cujubim, se encontra com empresários da região. Camelli vai anunciar projetos para que seu Estado também ingresse no mundo do agronegócio, que tão positivos resultados tem trazido a Rondônia. Com empresários da região anunciará a abertura do Acre para o agronegócio. O Acre vem aí, em busca de parcerias, investimentos e boas ideias, para impulsionar sua economia, estagnada por governos petistas que priorizaram o paternalismo e deixaram o PIB acriano muito abaixo do que poderia ser. O novo governante, com visão diferente e progressista, quer o apoio de Rondônia, para ampliar seu desenvolvimento. Começa bem, pois, o governador Camelli.

SÓ METADE DOS COMISSIONADOS?

O número de nomeados no novo governo de Rondônia, ao menos até o final desta quinta-feira, não tinha passado de 500. Centenas de cargos comissionados ainda não foram tocados. Em muitos casos, ainda permanecem em suas cadeiras os nomeados ainda nos governos de Confúcio Moura e Daniel Pereira. Não foram alcançados, nestes primeiros dez dias, pela caneta de Marcos Rocha. Nos próximos dias, as coisas ficarão mais claras. Principalmente aos famosos CDS. Hoje, há, segundo dados do governo anterior, menos de 5 mil cargos em comissão, no Estado. A nova administração diz que esse número é maior, não menos que 6 mil, mas ainda não divulgou os números definitivos. O que está decidido é que, quando terminar de nomear toda a sua assessoria de não concursados, o novo governo deixe sem serem ocupados algo perto de 50 por cento de todos os cargos de confiança. A informação, extraoficial, tem sido comentada com insistência entre os principais membros da nova equipe de comando em Rondônia. Supondo-se que sejam 6 mil os cargos comissionados, a intenção seria nomear pouco mais de 3 mil, simplesmente deixando os demais postos sem serem ocupados. Será uma espécie de revolução na administração estadual, caso isso ocorra mesmo!

A SÚCIA PERDEU O PODER

Os descerebrados, os mentirosos e beócios, os apenas idiotas por apaixonados ideológicos, esses não suportam que seus líderes estão atrás das grades ou a caminho delas. Nunca levantaram a voz para protestar contra os bandidos que tomaram de assalto nosso país. Continuam defendendo todos esses criminosos, seus ídolos, apenas por ligação ideológica, porque, na verdade, o Brasil não tem importância para eles. E o que fazem, então? Querem é destruir aqueles a quem o povo brasileiro escolheu, para tentarem recuperar um país que eles, a turma dos encantados pelos bandidos e pelos ladrões do dinheiro público presos ou prestes a sê-los, fizeram de tudo para destruir. Daí correm às redes sociais; usam covardemente a mídia amestrada e aparelhada pelo esquerdismo, apenas para atacar o novo governo, legitimamente eleito por ampla maioria e pelos que queriam ver essa súcia pelas costas. O dicionário explica o que é  súcia, para quem não sabe: “reunião de indivíduos de má índole ou de má fama; malta, bando, grupo criminoso”. Ai da ministra que emitiu uma opinião há anos. Agora, sua fala (como se só eles, os donos da verdade pudessem falar suas aberrações”) é tida como uma agressão. Bolsonaro é ditador. Nícolas Maduro não. Lula é um preso politico e não um chefe de quadrilha. Não ser envergonham, esses idiotas. Sorte nossa que eles só tem algum crédito entre eles mesmos. Os brasileiros de bem, é claro, ficam rindo desses imbecis. Felizmente, servem apenas, na maioria dos casos, como motivo de piadas.

PERGUNTINHA

Com tanta violência atingindo os cidadãos de bem; com tantos bandidos soltos pelas ruas; com tanto criminoso agindo livremente, você acha correto que os primeiros passos do novo governo, nessa área, sejam com preocupações relacionadas com os melhorias na estrutura dos presídios e direitos dos presos?

BLOG: https://www.facebook.com/opiniaodeprimeira?fref=ts

Winz

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Comentários

  • 1
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    Wagner Pires 12/01/2019

    Sergio Pires, muito boa a sua coluna. Tanto estética quanto substancialmente. Se puder, me diga uma coisa: os dados que você mencionou, você os obteve de qual fonte? Parecem ser exatos. Parabéns! Gostei muito e lê-lo.

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