Anistia cobra investigação de 13 mortes em operação da PM no Rio
A organização, que defende os direitos humanos em todo o mundo, pediu que a Polícia Civil e o Ministério Público investiguem, o mais rápido possível, as mortes.
A Anistia Internacional pediu uma investigação imediata sobre a morte de 13 pessoas, nos morros Fallet e Fogueteiro, na última sexta-feira (8), durante uma operação da Polícia Militar (PM). Parentes dos mortos disseram à imprensa que os jovens estavam em uma casa e foram executados pela PM, em vez de serem presos e levados à delegacia.
“A Polícia Militar alega que foi recebida a tiros ao entrar na região e que as mortes foram resultados de confronto. Entretanto, apenas através de uma investigação imediata detalhada, imparcial e independente, é possível determinar a circunstância exata de cada uma dessas mortes”, diz, em nota, a Anistia.
A organização, que defende os direitos humanos em todo o mundo, pediu que a Polícia Civil e o Ministério Público investiguem, o mais rápido possível, as mortes.
“Assim, tanto a Polícia Civil quanto o Ministério Público, que tem a missão constitucional de exercer o controle externo da atividade policial, devem iniciar imediatamente uma investigação sobre as mortes decorrentes de intervenção policial”, completa a Anistia no comunicado.
Segundo a entidade, o estado do Rio tem um histórico de altos números de homicídios decorrentes de intervenção policial, e os números aumentam a cada ano. “Em 2018, foram 1.532 casos registrados de pessoas mortas pela polícia em serviço. Um aumento significativo em relação ao ano anterior, que já apresentava o inadmissível número de 1.127 homicídios pela polícia”.
Investigação
Por meio de sua assessoria, a Policia Civil do Rio de Janeiro informou que as investigações estão em andamento na Delegacia de Homicídios da capital para apurar os fatos. Segundo a Polícia Civil, houve perícia no local, os policiais militares envolvidos no confronto foram ouvidos na delegacia especializada, e suas armas foram recolhidas e encaminhadas para perícia.
O Ministério Público também foi procurado, mas, até a publicação desta reportagem, ainda não havia se manifestado.
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