Antônio Cândido lança romance sobre a formação dos quilombos do Vale do Guaporé
O autor é Licenciado em Letras e Mestre em História e Estudos Culturais pela Universidade Federal de Rondônia – UNIR, Membro da União Brasileira dos Escritores- UBE-RO e Membro da Academia de Letras de Rondônia
Será neste sábado, 19, em formato virtual, o lançamento da obra de ficção “Na curva que o rio faz”, o sexto do escritor regional Antônio Cândido da Silva.
Ele foi contemplados com projeto fomentado com recursos da LEI 14.017/2020 – LEI ALDIR BLANC, por meio da Prefeitura do Município de Porto Velho – Funcultural.
O autor é Licenciado em Letras e Mestre em História e Estudos Culturais pela Universidade Federal de Rondônia – UNIR, Membro da União Brasileira dos Escritores- UBE-RO e Membro da Academia de Letras de Rondônia.
São dele as obras: Marcas do Tempo – Poesias; Madeira-Mamoré – O Vagão dos Esquecidos – Epopéia; Enganos da Nossa História – História Regional; Diaruí – Romance; Vila Amazônia – Os koutakusseis – Romance.
É também autor da bandeira e do brasão do município de Porto Velho; da bandeira e hino do município de Costa Marques e dos hinos dos municípios de Jaru e Cerejeiras.
O lançamento será mediado por Abel Sidney e Jória Lima em transmissão a partir das 19 horas nos seguintes canais:
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SOBRE O ROMANCE
Com a criação da Capitania de Mato Grosso por Carta Régia de 7 de maio de 1748, foi nomeado em 19 de março de 1752, o Capitão General, D. Antônio Rolim de Moura, primeiro Presidente da Província para consolidar a posse portuguesa no extremo Oeste do Brasil.
Com o sucesso da descoberta de novas jazidas e a pouca produtividade dos índios escravizados, ainda no Século XVIII, chegaram os primeiros escravos de origem africana para trabalharem nas minas.
Como reação natural ao processo de escravidão as fugas em grupos ou isoladas começaram a acontecer e, a proximidade com o rio Guaporé, favoreceu a formação de vários quilombos em seus principais afluentes.
A união de negros com índios, além de fazer surgir o elemento mestiço, favoreceu o desenvolvimento dos quilombos, pois os índios, conhecedores da região, sabiam como tirar proveito da riqueza que a natureza oferecia e produzir uma cultura de subsistência com os mais rudimentares métodos agrícolas.
As culturas, africana e indígena, se juntaram e a convivência entre esses dois povos completamente diferentes, aconteceu harmoniosamente tendo os seus descendentes chegados até os dias de hoje, nas várias comunidades quilombolas da região do vale do Guaporé.
O negro e o índio, portanto, se amparavam e se protegiam, e foi assim que a história de amor de Tião e Inaé aconteceu em meio às perseguições dos Capitães do Mato e as intrigas na vida do quilombo, renascendo das cinzas a que eram reduzidas as casas de taipas e as esperanças de liberdade, no coração de um punhado de gente que teimava em ser feliz.
Essa história teve o seu começo na primavera de 1780.
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