Após família precisar carregar caixão, irmão de vítima da Covid-19 denuncia desprezo pelos protocolos de segurança

Prefeitura diz que empresas contratadas pelas famílias são responsáveis pelo serviço

Folha do Sul
Publicada em 27 de março de 2021 às 13:40
Após família precisar carregar caixão, irmão de vítima da Covid-19 denuncia desprezo pelos protocolos de segurança

O irmão de um homem que faleceu com Covid-19, em Vilhena, procurou a redação do FOLHA DO SUL ON LINE para denunciar que, durante o velório da vítima, ocorrido no último sábado, 20, além dos familiares terem que levar o caixão até a sepultura, o que não é recomendado, nem o funcionário da funerária contratada e nem os coveiros faziam uso de equipamentos de segurança exigidos pelo Ministério da Saúde.
 
Revoltado com a situação de risco a que a família foi exposta, o irmão do falecido afirmou que ele mesmo teve que providenciar álcool em gel para a higienização de todos que tiveram contato com o caixão desde a hora que foi entregue pela funerária até o momento do sepultamento, devido apenas um coveiro estar no local e sem paramentação, precisando de ajuda para conduzir o corpo até a cova.
 
“É anunciado o tempo todo na mídia que tanto os funcionários da funerária quanto os coveiros da prefeitura precisam usar equipamento de segurança e os familiares não podem ter contato com o caixão, mas não foi o que aconteceu com a gente, e tenho certeza que não somos os primeiros a passar por isso aqui em Vilhena”, afirmou o irmão de Dener Marçal Medeiros dos Santos, que trabalhava realizando fretes e que,  mesmo sendo muito cuidadoso com a higienização e com a saúde, morreu poucos dias depois de apresentar o primeiro sintoma da Covid-19, levando a família a crer, que o vírus que o contaminou era uma variante muito agressiva (LEMBRE AQUI).
 
Em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal, a reportagem do site foi informada de que alguns enterros são feitos pelos coveiros da prefeitura e, em outros, como foi o caso de Dener, quem realiza todo o processo do enterro é a funerária contratada pela família.
 
A assessoria afirmou ainda que é fornecido equipamento de proteção para os coveiros, mas que, de fato, apenas um coveiro acompanha o sepultamento e que  é suficiente, uma vez que a funerária contratada geralmente disponibiliza colaboradores para ajudar no enterro, mesmo este sendo realizado pelos funcionários da prefeitura.

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