Após quase 5 meses preso por crime que não cometeu, Cerejeirense luta por dignidade e contra preconceito
Ismael chegou a sofrer ameaças de linchamento após prisão.
Em entrevista por telefone ao FOLHA DO SUL ON LINE na manhã desta segunda-feira, 10, a advogada Shara Eugênio de Souza, que defendeu na justiça o ex-servidor da Citeran de Cerejeiras, Ismael José da Silva, 30 anos, que passou quase 5 meses preso, acusado de matar a namorada, mas inocentado do crime na semana passada, anunciou que irá tomar providências contra o Estado “no momento oportuno”.
Ismael, que sempre jurou inocência, chegou hostilizado nas redes sociais e sofreu ameaças de linchamento ao ser preso junto com o primo, Diego Parente, agora apontado como o verdadeiro autor do assassinato da adolescente Jéssica Hernandes Moreira, 17 anos. Câmeras de monitoramento e testemunhos em juízo levaram à absolvição de Ismael.
Hoje é o primeiro dia que o ex-servidor público sai de casa após a decisão judicial que atestou sua inocência. De acordo com a advogada, Ismael teve acesso a todos os comentários publicados contra ele nas redes sociais e se sentiu triste pelos julgamentos precipitados dos internautas.
Ainda enfrentando o preconceito de alguns, mesmo com a sentença que o deixa fora da cena do crime, o jovem disse que pretende reconstruir a vida. Demitido da Ciretran de Cerejeiras pouco depois do crime que abalou o Cone Sul, Ismael está recebendo apoio dos colegas do órgão público para voltar ao mesmo cargo que ocupava.
Dez quilos mais magro e apresentando as marcas de quem “pagou sem dever”, Ismael, no entanto, já tem outras ofertas de emprego, caso não seja aceito de volta na Ciretran. “Depois do que passou, com a perda da namorada e da própria liberdade, mesmo sendo inocente, o que ele quer é refazer sua vida em paz”, disse Shara.
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