Aproxima-se a hora de remover os escombros

No momento em que as armas são desensarilhadas e os contendores se prepararam para utilizá-las no campo de batalha, torna-se imperioso que o eleitor faça uma profunda introspecção.

Valdemir Caldas
Publicada em 02 de agosto de 2018 às 10:30
Aproxima-se a hora de remover os escombros

(*) Valdemir Caldas

A realização, ocorrida sábado (28), da convenção do MDB, indicando e, ao mesmo tempo, homologando os nomes dos candidatos aos cargos de governador, senador, deputado federal e estadual às eleições de outubro, define a fisionomia da campanha política que os partidos desencadearão a partir de agora pela conquista da vitória. No próximo domingo, será a vez de o PP escolher seus candidatos.

No momento em que as armas são desensarilhadas e os contendores se prepararam para utilizá-las no campo de batalha, torna-se imperioso que o eleitor faça uma profunda introspecção a respeito dos graves e complicados problemas por que passa o Estado de Rondônia, considerando que a escolha dos homens e mulheres que vão comandar os destinos desta terra, precisa ser o resultado de um processo deliberativo, marcado por uma decisão de buscar objetivos comuns.

Por isso, o voto precisa ser o instrumento de um processo histórico, cultural, social e político, capaz de mudar o curso de nossa história. É utopia acreditar, porém, que haja entre tantos competidoresalguém com tributos místicos e qualidades divinas para reconstruir Rondônia num passe mágica. Não há. Dai por que o eleitor precisa analisar realisticamente aqueles que se lhe apresentam, em época de eleição, como legítimos intérpretes das ideias transformadoras dos tempos atuais e, posteriormente, passam a defender apenas suas prerrogativas pessoais e de grupos, aproveitando-se do cargo que ocupa para promover negociatas indecorosas, em detrimento do povo.

Só depois é que o eleitor descobre o engodo, quando, então, já é muito tarde. Os exemplos estão por aí para quem quiser vêlos.Frequentemente, testemunhamos espetáculos degradantes,protagonizados por autoridades e políticos, que não resistiram à tentação do dinheiro fácil, desviando recursos públicos de seus nobres fins para suas já polpudas contas bancárias e de apaniguados em paraísos fiscais. Por outro lado, anima-nos quando se apresentam para postos legislativos figuras honestas e dignas, que jamais chafurdaram na pocilga da corrupção, exemplos na vida
particular, social e pública, com elevado ideal de prestar serviços à coletividade. Vamos esmagar os espertalhões nas urnas. Já o fizemos no passado. Mas nem tudo saiu perfeito. Afinal, não há obra humana perfeita, pois perfeito só Deus. Ainda restaram alguns escombros, que precisam ser removidos dos quadros políticos rondonienses, antes que entrem em processo de decomposição, comprometendo o tecido social.

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