Aproxima-se a troca de comando no Palácio Getúlio Vargas
Para tanto, o governador vai precisar cerca-se de pessoas prestigiadas em seus círculos profissionais, sociais e políticos, e não de aprendizes, ou de velhas e manjadas raposas felpudas da política rondoniense.
(*) Valdemir Caldas
Dentro de dezenove dias, o governador Daniel Pereira passará o bastão ao seu substituto, Coronel Marcos Rocha. Não tenho a menor ideia de como Rocha encontrará a casa, mas sei que ele terá muito trabalho pela frente, principalmente, na Secretaria Estadual de Educação, para arrumar a bagunça que a turma do Nazif estaria fazendo por lá.
Eleito pela vontade soberana da grande maioria do eleitorado rondoniense, manifestada pelo instrumento democrático do voto, o novo dirigente estadual chegará ao Palácio Getúlio Vargas legitimado, sobretudo, pela renovação da confiança e da esperança de um povo que, apesar de todos os infortúnios e decepções já sofridos, ainda acredita num futuro promissor.
Cumpre, a partir de janeiro, aguardar para ver como se comportará não somente o novo comandante-em-chefe do Estado de Rondônia, como também sua equipe de colaboradores, do mais baixo ao mais elevado escalão de governo, diante da difícil empreitada que é governar um Estado com as dimensões e os problemas que tem Rondônia.
Para tanto, o governador vai precisar cerca-se de pessoas prestigiadas em seus círculos profissionais, sociais e políticos, e não de aprendizes, ou de velhas e manjadas raposas felpudas da política rondoniense, que sempre deram um jeito de corpo para se manterem na crista da onda, cevando-se nas flácidas tetas do erário. Rondônia tem pressa. A urgência com que são reclamadas medidas que devolvam a confiança e a tranquilidade à sociedade, especialmente nas áreas da segurança pública e da saúde, não aconselha a transferência de decisões que caberá, exclusivamente, ao governador Marcos Rocha tomar ou fundamentar, logo nos primeiros meses de sua administração.
Logicamente que o seu trabalho poderá conter enganos e imperfeições, uma vez que nenhuma obra humana é completa, o que poderá ser corrigido de acordo com as circunstâncias. Entretanto, pressagiar o insucesso de seu governo, como vêm fazendo alguns pescadores de águas turvas, por simples deleite pessoal ou vaidade ferida, antes de vê-lo no comando do Estado, não passa de uma leviandade.
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