Aquela velha coisa diferente sempre igual
Será que a “estrela no azul da União” nasceu talhada para o caos. Que sina, hein!
(*) Valdemir Caldas
Pelo andar da carruagem, tudo indica que haverá segundo turno em Rondônia. E a disputa pelo comando do Estado dar-se-á entre Cassado e “Nós Vai”. Pelo menos é isso que apontam as mais recentes pesquisas de intenção de voto. E, o que é pior, corremos o risco de ter no palácio Getúlio Vargas, a partir de janeiro de 2019, um cidadão que não consegue construir uma simples frase sem estuprar o português. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
Ao contrário do que acontece em algumas regiões do país, onde o eleitor vai poder escolher o candidato, digamos, “menos ruim”, em Rondônia, parece que estamos condenados a viver aquela coisa diferente sempre igual, como diz um trecho de uma música de Roberto Carlos. Será que a “estrela no azul da União” nasceu talhada para o caos. Que sina, hein!
Terça-feira (2), tivemos mais um debate, se é que se pode chamar aquilo de debate. A meu ver, mais pareceu uma conversa amistosa entre compadres. Esperava que os postulantes promovessem a discussão abrangente dos grandes e complicados problemas que envolvem o nosso Estado, mas não foi o que vi nem ouvi. Temas importantes simplesmente foram ignorados pelos candidatos.
A segurança pública, por exemplo, um dos problemas mais aflitivos e que mais preocupa não somente o povo de Rondônia, como também o Brasil inteiro, foi deixado de lado. Não é à toa que o candidato Jair Bolsonaro lidera todas as pesquisas de intenção de voto para a presidência da República, porque escolheu a segurança como carro-chefe de seu programa de governo.
A saúde da população rondoniense vai continuar na UTI da incompetência, longe das preocupações das chamadas lideranças políticas. Nem no período eleitoral as agruras da população são levadas a sério.
O mínimo que se exige de todos é que, desde já, observem a Constituição Federal, a Constituição Estadual, as Leis Complementares e Ordinárias, além de todo o arcabouço jurídico que rege a vida do Estado, já que logo mais o futuro de Rondônia e da sua gente estará nas mãos de um deles, independente de quem seja o ungido nas urnas - Cassado ou “Nós vai”. Rondônia, pela sua história, pujança e riqueza, não merece isso, mas, fazer o quê.
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