Áreas de cultivo de café da etnia Paiter Suruí fazem parte de rota turística em Rondônia

A produção de café conta com o apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai) e se consolidou com uma das principais atividades produtivas das comunidades indígenas da região

Assessoria/Funai/Foto: Marcos Suruí
Publicada em 20 de abril de 2022 às 00:15
Áreas de cultivo de café da etnia Paiter Suruí fazem parte de rota turística em Rondônia

O cultivo de café em aldeias da etnia Paiter Suruí no município de Cacoal é uma das mais novas rotas turísticas regionais de Rondônia. Tanto a população local quanto quem visita o estado pode conhecer as áreas de plantio a 500 quilômetros de Porto Velho, capital rondoniense. A produção de café conta com o apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai) e se consolidou com uma das principais atividades produtivas das comunidades indígenas da região.

Segundo a Superintendência de Turismo de Rondônia (Setur), informações sobre pacotes promocionais e destinos turísticos nos segmentos do etnoturismo estão entre as mais buscadas em plataformas gerenciadas pela Setur. O programa de desenvolvimento da cafeicultura indígena no estado recebe ainda o apoio da Câmara Setorial do Café de Rondônia, da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Em 2021, os produtores indígenas de café especial de Rondônia forneceram aproximadamente 750 sacas do produto para o grupo 3Corações. A empresa adquire a produção de 113 famílias da etnia Paiter Suruí, que estão organizadas em cooperativas. A Funai tem apoiado a produção do café sustentável em atividades como o transporte de mudas de café, o escoamento da produção e a preparação do solo para o plantio. A cafeicultura é a principal fonte de renda das famílias indígenas, cuja receita total em 2021 chegou a R$ 634 mil.

O coordenador regional da Funai em Cacoal (RO), Sidcley José Sotele, ressalta a transformação pela qual passaram as famílias indígenas que abraçaram a ideia do cultivo sustentável de café. “Como engenheiro agrônomo, sei da importância da iniciativa porque a assistência do Projeto e dos órgãos parceiros incentiva os indígenas a melhorar a qualidade da produção do café especial, cujo alto valor agregado promove uma melhor fonte de renda para a agricultura familiar indígena", afirma Sotele.

Desde 2018 a produção de café indígena é vendida para o grupo 3Corações, por meio de acordo que prevê o aumento da produtividade com foco na qualidade do café especial sustentável. A unidade descentralizada da Funai em Cacoal apoia os cafeicultores indígenas ainda por meio da logística do transporte da produção e o fornecimento de materiais como sacarias, lonas e peneiras utilizados na colheita do grão.

Comentários

    Seja o primeiro a comentar

Envie seu Comentário

 
NetBet

Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook