Armadilha fotográfica flagra onça que pode estar prenha

O monitoramento dos animais é feito com 80 armadilhas fotográficas, pelo Projeto Onças do Iguaçu, espalhadas nos 185 mil hectares do Parque

ICMBIO
Publicada em 23 de outubro de 2019 às 10:19
Armadilha fotográfica flagra onça que pode estar prenha

A imagem da onça animou os pesquisadores do Projeto Onças do Iguaçu. (Foto: Divulgação)

Uma armadilha fotográfica flagrou uma onça-pintada desconhecida pelos pesquisadores que pode estar grávida, no Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A imagem animou os pesquisadores do Projeto Onças do Iguaçu, que acreditam que a onça realmente esteja prenha. Segundo Yara Barros, que coordena o Projeto, há uma esperança muito grande de que ela esteja prenha.

Já o presidente do ICMBio, Homero Cerqueira, a possibilidade de aumentar a população de onças-pintadas é uma boa notícia para a preservação da espécie. A onça-pintada está criticamente ameaçada de extinção na Mata Atlântica. Segundo Iara Barros, normalmente, uma onça-pintada tem de um a dois filhotes. Mas houve o caso da onça-pintada Atiaia, ela teve três filhotes na unidade de conservação. Os pesquisadores deram o nome de Índia para a onça, e a expectativa é que Índia tenha de um a quatro filhotes. A gestação das onças dura cerca de 90 dias.

O monitoramento dos animais é feito com 80 armadilhas fotográficas, pelo Projeto Onças do Iguaçu, espalhadas nos 185 mil hectares do Parque. O projeto deve voltar a instalar as armadilhas fotográficas, que filmaram Índia, daqui 15 dias. Isso porque os pesquisadores não querem perturbar a onça e não deixar cheiro humano no local. Neste momento, segundo a coordenadora, Índia não será monitorada por nenhuma tecnologia. A intenção é não intervir para que o animal se sinta seguro no parque e tenha os filhotes ali.

Censo em 2019

O censo 2019 vai divulgar quantas onças-pintadas vivem no Parque Nacional do Iguaçu, em 29 de novembro, no Dia da Onça-Pintada. Segundo Yara Barros, o censo é realizado há uma década e atualizado a cada dois anos.

O levantamento é feito com a ajuda de câmeras instaladas no parque nacional, tanto do lado brasileiro, como do lado argentino. O monitoramento é realizado em uma área de preservação de 400 mil hectares.

Em 2009, o censo registrou 11 onças-pintadas no lado brasileiro do Parque. O último censo, de 2016, apontou 22. O crescimento na população ocorreu por causa do aumento nas ações de fiscalização e o projeto de conscientização com comunidade. Barros ainda disse que, somando a população de onças-pintadas com o lado argentino, o bioma tem no parque cerca de 100 indivíduos.


Com informações do G1

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