ASSISTA: em vídeo, suposta delegada esculhamba professora de Rondônia nomeada secretária de Educação em Goiás

Segundo autora da gravação, Fátima Gavioli tem “perfil esquerdista”.

Folha do Sul/ Diário de Goiás
Publicada em 02 de janeiro de 2019 às 21:25
ASSISTA: em vídeo, suposta delegada esculhamba professora de Rondônia nomeada secretária de Educação em Goiás

Num vídeo compartilhado nas redes sociais, uma mulher que se apresenta como “Delegada Maria Lúcia”, faz não apenas críticas, mas acusações graves contra a professora rondoniense Fátima Gavioli, nomeada secretária de Estado da Educação pelo novo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM).

Em seu desabafo, a internauta diz que Fátima tem “perfil esquerdista, que é contra as escolas militares e defende interesses de fundações internacionais”. Também prevê que a educadora rondoniense irá “continuar o processo de doutrinação e de erotização das nossas crianças”.

Ao contrário do que diz a acusadora, Fátima não tem perfil esquerdista, tanto que é aliada de vários políticos considerados conservadores em Rondônia, como o senador Valdir Raupp (MDB) e o deputado Nilton Capixaba (PRB).

Recente publicação do FOLHA DO SUL ON LINE revelou o perfil da professora, que é evangélica, contra o aborto e que começou a vida como empregada doméstica em Cacoal, onde reside. 

Evangélica e contra o aborto, nova Secretária de Educação de Goiás foi empregada doméstica em Cacoal

“A única ideologia que defendo é a ideologia da aprendizagem”

A nova secretária de Educação de Goiás, Fátima Gavioli,  é contrária ao aborto - “Sou defensora da vida” - e diz claramente: “A única ideologia que defendo é a ideologia da aprendizagem”. E acrescenta: “A educação pública que defendo é para todas as crianças.”

Fatima Gavioli se posiciona também contra qualquer tipo de preconceito. Sua história é de luta e superação. Residente em Rondônia desde 1985, mãe de dois filhos, a nova secretária exerceu a função de empregada doméstica durante 7 anos no município de Cocal. A persistência e a coragem fizeram com que ela realizasse o sonho de se formar e de ingressar no Magistério.

Ela é uma vencedora. Com determinação e muita luta, a nova titular da Secretaria da Educação de Goiás tornou-se Mestre em Educação e Licenciada em Letras e Pedagogia e, em seguida, pós-graduada em Gestão Pública pelo Centro de Liderança Pública de São Paulo (CLP-SP).

Evangélica, Fátima se destacou em Rondônia à frente da pasta da Educação, que comandou entre 2014 e 2017. No período de sua gestão, ela firmou-se como uma gestora que busca o diálogo com os professores em todos os municípios.

“Conseguimos conquistas muito boas em um curto espaço de tempo em Rondônia. Implantamos um tratamento humanizado nas escolas, e conseguimos visitar mais de 250 das 500 escolas do Estado. Os professores e diretores tinham liberdade comigo e podiam fazer reinvindicações diretas durante esse período”, conta.

Essa atitude de quem quer discutir os temas fundamentais da educação ela afirma que vai implantar em Goiás. “Uma coisa que pretendo fazer é não ficar em gabinete, vou atender diretamente. No geral, a minha intenção é rodar Goiás, entrar nas escolas, conhecer as hortas, as cozinhas, conhecer os banheiros das crianças, e ver onde é que realmente a gente precisa aplicar as verbas da educação”, destaca, acrescentando que defende todo tipo de escola, desde que “atenda com sua missão, visão e valores”.

As reações contrárias ao seu trabalho, como atacá-la com preconceitos e fake news, ela encara com a firmeza de quem sabe que o mais importante é mostrar resultados. E disposição não lhe falta. Até porque a decisão de vir para Goiás foi pensada e madura, já que estava cotada para secretarias em outros Estados. Portanto, ela veio para ficar. E trabalhar.

A opção por Goiás, segundo Fátima Gavioli, aconteceu de forma natural, por ter-se identificado com o perfil e o plano de governo de Ronaldo Caiado. “O governador é uma pessoa desprovida de vaidade em relação a cargos, tanto é que favoreceu a visão técnica e a seleção de currículos. E Goiás e Rondônia são estados parecidos, tendo em vista que ambos fazem parte do consócio Brasil Central”, explica.

Fátima Gavioli garante que vai fazer uma ampla análise do quadro de servidores da educação em Goiás e melhorar a qualidade de trabalho dos profissionais da educação e o aprendizado dos alunos. Ela adianta ainda que pretende fazer atendimentos presenciais nas unidades escolares.

Uma ideia é a implantação da Secretaria Itinerante, que, além de evitar que os coordenadores regionais tenham que se deslocar até a Capital, reduz custos desnecessários. Na prática, o objetivo é fazer visitas às unidades para ouvir as demandas e resolver as questões relacionadas à Secretaria. “É um governo que está começando sem politicagem, e o governador me deu autonomia para trabalhar. Pretendo estar presente nas escolas, olho no olho. Essa vai ser a marca da administração”, define. (Fonte: Diário de Goiás).

 

Comentários

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    Lúcio albuquerque 03/01/2019

    O que me incomoda nesse texto é uma coisa só: QUAL A RAZÃO DE ENFATIZAREM SER A PROFESSORA GAVIOLI UMA "EVANGÉLICA"? Qual a relevância? Até quando nossos editores vão continuar deixando passar citações que, em realidade, não engrandecem em nada o texto.Fosse a professora católica, umbandista, ateia, espírita ou comunista, isso também seria citado? Ou é porque se trata de uma "irmã" que tem de ser ressaltado.

  • 2
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    petista 03/01/2019

    Fátima foi umas das secretárias que ajudou a aumentar o salário dos professores, mesmo com o aumento da carga horária, que foi escolhido pelos próprios professores, e uma pessoa humana...Essa daí só poderia ser da turma do BOLSOBOSTA!

  • 3
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    MOACIR FIGUEIREDO 03/01/2019

    KARAKA. TÁ MAIS PARA DELEGADA DO DIABO

  • 4
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    Waldo Alves 03/01/2019

    Só gostaria de fazer uma observação...A professora Fátima não foi Secretária no Estado de Rondônia no ano de 2017 e sim 2015 e 2016.

  • 5
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    Clarissa 03/01/2019

    Sinceramente tem pessoas que não tem o que fazer, ficam disseminando ódio, mentiras, inventando histórias absurdas para tentar derrubar os outros. Conheço a história da professora Fátima, e sei que é uma excelente profissional. Essa senhora é que está a inventar 'lorotas' absurdas, e se eu fosse a professora Fátima e me sentisse injustiçada entraria com uma ação contra essa pessoa por espalhar fake news.

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