Atacado por madeireiros criminosos, IBAMA recua de fiscalização em Rondônia

Antes de se retirarem, os fiscais destruíram quatro tratores e quatro caminhões de madeireiros ilegais. A ação  tem amparo em lei, mas é criticada pelo presidente Jair Bolsonaro.

Com informações da Folha de São Paulo/Foto:IBAMA
Publicada em 06 de julho de 2019 às 19:05
Atacado por madeireiros criminosos, IBAMA recua de fiscalização em Rondônia

Reportagem do jornal Folha de São Paulo informa que o Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) desistiu de continuar a operação em terras indígenas no sudoeste do Estado de Rondônia  para impedir a retirada ilegal de madeira destas áreas.

Segundo a reportagem assinada pelo jornalista Fabiano Maisonnave, acuado por madeireiros ilegais, o IBAMA abortou a operação em Rondônia pois os fiscais ficariam sem apoio aéreo após o incêndio criminoso de um caminhão-tanque que abasteceria com querosene de aviação os helicópteros do órgão na região.

O recuo do IBAMA, de acordo com a reportagem, é uma vitória dos madeireiros ilegais que atuam em terras indígenas em Rondônia, entre elas, a dos índios Zoró.

Uma equipe do IBAMA,  com apoio da Polícia Militar, estava na região desde o dia 2 deste mês e ficaria até o dia 20, mas os constantes ataques criminosos fizeram os fiscais recuar.

Os madeireiros criminosos desmontaram ponte, derrubaram árvores nas estradas abertas ilegalmente nas terras indígenas e, por último, tocaram fogo no caminhão que abasteceria as aeronaves.  Este último incidente ocorreu na região de Boa Vista do Pacarana, a 592 Km de Porto Velho.

Os índios da região tem apoiado a ação dos madeireiros em suas terras, ainda de acordo com a reportagem, e chegaram a organizar um protesto contra a presença do IBAMA.

Antes de se retirarem, os fiscais destruíram quatro tratores e quatro caminhões de madeireiros ilegais. A ação  tem amparo em lei, mas é criticada pelo presidente Jair Bolsonaro.

Assinantes da Folha podem ler a reportagem na íntegra clicando aqui.

Comentários

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    Silvana Borchardt Felberg 07/07/2019

    Antes de publicarem uma matéria, busquem obter a veracidade dos fatos. Observem se foi bem assim. Vão até lá e verifiquem! Olhem as condições sociais dos indígenas e vejam quem fornece subsídios para manutenção de vida dos mesmos. O governo? O IBAMA? Vejam quem são os verdadeiros devastadores de fauna e flora. Os madeireiros ou os grandes fazendeiros? Essa matéria não passa de um rascunho mal feito de Fake News com intenção de julgar pessoas que apenas trabalham e geram empregos. Essa não é a verdade. Não foi isso que aconteceu.

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    petista 07/07/2019

    Mas está acontecendo isso porque eles têm o aval do MITO , que considera os fiscais como inimigos. O tal acordo que fizeram com o MERCOSUL vai minguar que já é firmado que o BRASIL NÃO TEM CONDIÇÕES DE PRESERVAR O MEIO AMBIENTE. O Brasil está mal na fita mundial.

  • 3
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    Paula 07/07/2019

    Sou a favor da fiscalização, porém violência gera violência se os fiscais colocam fogo nos caminhões e tratores dos madeireiros pq surpresa deles bem fazer o mesmo?? Essa medida está totalmente incorreta no meu ponto de vista! Vcs acham que colocando fogo na ferramenta de trabalho dos madeireiros eles iram parar o desmatamento nunca, precisa se ter uma estratégia mais inteligente para essas fiscalizações e não a de queimar tratores e caminhões.

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