Autonomia financeira para as instituições de segurança e investimento em tecnologia são prioridades de governo
Com um mês à frente da pasta, o secretário diz que está conhecendo a estrutura da Sesdec, analisando todos os processos pendentes, aquisições e patrimônio.
O coronel Pachá é militar há 29 anos e já trabalhou em vários batalhões da PM no estado
Na Polícia Militar do Estado de Rondônia há 29 anos, o coronel e novo secretário de Segurança Pública (Sesdec), José Hélio Cysneiros Pachá, é graduado em Letras, já participou de duas missões de paz, trabalhou na Companhia de Operações Especiais, comandou o 6° Batalhão da PM em Guajará Mirim, comandou o 1° e o 5° BPM em Porto Velho, e criou a Força Tática da PM baseando-se no exemplo do estado de São Paulo, no começo dos anos 2.000.
Com um mês à frente da pasta, o secretário diz que está conhecendo a estrutura da Sesdec, analisando todos os processos pendentes, aquisições e patrimônio. “Como eu não recebi nenhuma dessas informações formalmente, estamos analisando orçamento e a forma como estamos recebendo a Sesdec. Já tenho a orientação do governado coronel Marcos Rocha para enxugar o máximo possível a estrutura da secretaria”.
Segundo Pachá, o principal projeto para este ano é fazer a transição concedendo a autonomia orçamentária financeira às instituições ligadas à Sesdec. “Desta forma, conseguimos diminuir a estrutura, as instituições terão condições de gerir as próprias contas e contratos, e nós ficamos apenas com o Controle Interno e a parte estratégica e política da segurança pública. Este ano haverá a confecção do novo plano plurianual (PPA) para quatro anos, e já podemos fazer a previsão da fatia do bolo para cada instituição a partir do ano que vem”, explica.
O secretário conta que há uma herança de conflitos de interesses entre as Polícias Militar e Civil quanto aos softwares e integração de sistemas. “Por conta da receptividade que foi muito positiva por parte da Polícia Civil, já estamos conseguindo contornar tudo isso aos poucos, e fazendo as modificações, dando uma ‘cara’ nova conforme as oportunidades que vão surgindo. A ordem do governador também é que, por enquanto, não haja contratações. Tem um concurso sendo realizado pela PM para os remanescentes do último concurso, conquistada por eles junto à Assembleia Legislativa, um compromisso dos deputados estaduais e que estamos herdando do governo passado, inclusive estamos aguardando o repasse da última parcela e esperamos que eles honrem, já o mandato deles também já está se encerrando”.
A gestão atual tem ainda como prioridade a construção do 5º BPM, que antes funcionava em um prédio à margem da BR-364, e agora está “distribuído” nas Unisps necessitando de uma quartel para abrigar os policiais do batalhão. O projeto já está pronto para isso e Pachá acredita que vai concretizar nesta gestão.
TECNOLOGIA
E em termos de investimento, o secretário considera importante a luta do Instituto de Identificação Criminal para a mudança das identidades digitalizadas, mais completas e mais seguras, e garante que algumas tratativas junto à Sepog já se iniciaram para estudo da possibilidade de viabilização.
“O investimento é alto, mas é a tendência do país é que isso aconteça. A digitalização de tudo agiliza a identificação de autores de crimes e acelera o processo da própria confecção das identidades, o que hoje ainda aflige muito a nossa comunidade de uma forma geral”.
Outro projeto voltado para investimento em tecnologias para investigação está previsto para a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), possibilitando o trabalho de forma mais eficiente. “Isso tudo demanda recursos, que nós vamos tentar captar este ano para realizar os anseios das instituições, trazendo modernidade para o serviço de segurança refletindo diretamente na vida da população. Sem contar que o combate à corrupção é um dos eixos de trabalho do nosso governador, coronel Marcos Rocha”.
Quanto à expectativa que a população do estado pode ter em relação à segurança pública é integração. “Se integramos mais conseguimos juntos ser mais eficazes, principalmente Polícias Militar e Civil numa vertente, e Polícia Civil com a Politec em outra, porque as investigações, local de crime, identificação de indivíduos e tudo que diz respeito ao trabalho da PC depende disso. Assim conseguiremos resultados mais satisfatórios”.
Atendimento à população deve ser qualificado pela Ouvidoria Geral do Estado
A ideia é utilizar os relatórios de cada ouvidoria para trabalhar melhor com as políticas de governo, conhecendo a necessidade da população por meio dos atendimentos focados.
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Comentários
Só ver o Instituto de identificação como desenvolveu na PC, sendo até notícia no fantástico e se estivesse na Politec estaria na mesma. Além de como os delegados conseguiram desvendar crimes com a perícia papiloscópica e se deu com celeridade por está no mesmo órgão da PC e isso fez a diferença tanto na eficiência como na eficácia.
O sucesso da Operação Lava Jato da PF foi está no mesmo órgão a polícia de investigação e a pericia técnica. A visão da PF é sistêmica com possibilidade de se chegar com qualidade a todos os meios de prova ( testemunhas, documentos e prova pericial). Deixar fora do órgão de PC ou PF a perícia criminal é dificultar o trabalho das autoridades policiais em razão da complexidade dos fatos considerados crime. Além de promover maior gastos com o aumento do orçamento.
O sucesso da Operação Lava Jato da PF foi está no mesmo órgão a polícia de investigação e a pericia técnica. A visão da PF é sistêmica com possibilidade de se chegar com qualidade a todos os meios de prova ( testemunhas, documentos e prova pericial). Deixar fora do órgão de PC ou PF a perícia criminal é dificultar o trabalho das autoridades policiais em razão da complexidade dos fatos considerados crime. Além de promover maior gastos com o aumento do orçamento.
A integração deve existir entre a PM e PC mas o sucesso da Lava Jato ocorreu principalmente porque na PF a perícia está na mesma estrutura afastando burocracias. Então a Politec deveria está na estrutura da PC para deixar celere os trabalhos de início meio fim de investigação. Se o governo quer enxugar a estrutura e deixar mais desengordurada orientada pela eficiência e eficácia dos órgãos de segurança deve extinguir a Politec e transformar em um Departamento da PC como é o IML e o Instituto de Identificação. Colocando todos em um único Departamento para conferir maior qualidade as atividades de segurança pública.
A perícia criminal deveria estar na PC pois ficando como outra instituição afasta da necessidade a ser atendida pela PC e ainda os gastos desnecessários para manter afastado o que deveria está no mesmo tempo-espaço. Além da burocracia para que a autoridade policial possa atender com maior rapidez as investigações. Portanto, não tem espaço para está a PC e a Politec em órgãos diferentes. Gastos desnecessários que só incentiva a desintegração dos serviços públicos de investigação.
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