Auxílio Brasil começa não pagando R$ 400

O maior valor pago está sendo de R$ 217.  Só no ano que vem, está dizendo o governo, o valor subira. Mas não foi isso o prometido com o anúncio do novo programa

Tereza Cruvinel
Publicada em 18 de novembro de 2021 às 14:54

A mentira virou traço distintivo do governo Bolsonaro. Descumprir promessas também. O sucedâneo do Bolsa Família, o Auxílio Brasil, começou a ser pago e quem esperava receber R$ 400 ficou a ver navios. Chupando o dedo. O maior valor pago está sendo de R$ 217.  Só no ano que vem, está dizendo o governo, o valor subira. Mas não foi isso o prometido com o anúncio do novo programa.

Bolsonaro está fazendo uma das maiores lambanças de seu governo com a extinção de um programa perene, com critérios e contrapartidas claros,  internacionalmente aplaudido, como o Bolsa Família, trocando-o por um programa temporário, que só vai existir durante o ano eleitoral. Que, além de eleitoreiro e passageiro, não exige contrapartidas como a frequência escolar e a caderneta de vacinação atualizada.  Poderia ter mantido o Bolsa Família, aumentando sua dotação, os beneficiários e o valor do benefício. Mas o nome lembra Lula, e por isso ele acabou com o programa.

Justamente no momento em que milhões de brasileiros carecem demais do cobertor social do governo, a insegurança tomou conta da área social.

Acho muito difícil o Senado aprovar a PEC dos precatórios tal como está. O que se busca ali é melhorar a arquitetura do programa, impedir o furo no teto de gastos e o calote dos precatórios. Não sei a que solução podem chegar mas quanto maior é a demora, maior é o sofrimento dos desvalidos. Especialmente daqueles que perderam tudo na pandemia, não integram o Bolsa Família, para receber pelo menos os R$ 217, e perderam o auxílio emergencial, que acabou em 31 de outubro.

Comentários

    Seja o primeiro a comentar

Envie seu Comentário

 
NetBet

Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook

Fascismo ontem e hoje

Fascismo ontem e hoje

O ressurgimento, pois, do fascismo continua possível, sobretudo, hoje – mesmo que não se revista agora exatamente das mesmas formas históricas de que se revestiu no passado