Bancários protestam contra a reestruturação que fechará agências do Banco do Brasil em Rondônia

Em Rondônia, segundo informações que chegaram – extraoficialmente - ao Sindicato, serão fechadas uma agência em Porto Velho, uma em Ariquemes, uma em Cujubim e uma em Alto Alegre dos Parecis

Rondineli Gonzalez - SEEB/RO
Publicada em 15 de janeiro de 2021 às 11:41
Bancários protestam contra a reestruturação que fechará agências do Banco do Brasil em Rondônia

Dirigentes do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) fizeram, na manhã desta sexta-feira (15/1), ato público em frente à agência do Banco do Brasil da avenida Dom Pedro II, no Centro de Porto Velho, em protesto contra mais um processo de reestruturação - anunciado na segunda-feira (11) -, que prevê a extinção de, pelo menos, cinco mil empregos (através de dois Programas de Demissão Voluntária - PDV) e o fechamento de centenas de agências, escritórios e postos de atendimentos (PA’s) em todo o país.

Pelo documento assinado por Carlos José da Costa André, vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores do Banco do Brasil, serão desativadas 361 unidades, sendo 112 agências, sete escritórios e 242 postos de atendimento. 

Em Rondônia, segundo informações que chegaram – extraoficialmente - ao Sindicato, serão fechadas uma agência em Porto Velho, uma em Ariquemes, uma em Cujubim e uma em Alto Alegre dos Parecis. E pelo menos cinco agências serão rebaixadas (transformadas em Postos de Atendimento – PA), em Novo Horizonte, Seringueiras, Santa Luzia, Chupinaguia e Cacaulândia.

E em todas as agências do banco no Estado a figura do caixa será extinta.

Para o SEEB-RO, essa reestruturação representa uma catástrofe tanto para os bancários quanto para a sociedade em geral, pois ela traz medidas altamente inapropriadas em um cenário de pandemia e crise econômica e social sem precedentes, na qual o desemprego predomina e eleva o sentimento de desesperança. É uma crueldade que atingirá milhares de bancários e outros trabalhadores que prestam serviços nas agências e outras unidades do banco. 

“O que está por trás dessas medidas é o desmonte do Banco do Brasil, um banco público que tem um papel histórico no desenvolvimento econômico do país. O Banco do Brasil e seus funcionários atuaram na linha de frente no atendimento à população durante a pandemia, com todas as dificuldades que a falta de estrutura da instituição trouxe para nosso trabalho. A população será prejudicada de diversas formas com essa reestruturação. Uma delas é a redução dos caixas executivos, que vai afetar diretamente o serviço de atendimento ao público”, destacam os dirigentes sindicais, em Carta Aberta distribuída à população na manhã de hoje, durante a manifestação.

“Além de aumentar o desemprego e comprometer o atendimento ao público que já é precário, essa reestruturação vai impactar a vida de todos, tanto dos empregados quanto da população (clientes e usuários), que terá menos agências para ser atendida, já que agências encerrarão suas atividades em cidades do interior que não dispõem de outras instituições bancárias. Para piorar, nas agências que restarão, os caixas deixarão de existir. Ou seja, o que já era ruim vai piorar ainda mais”, atestou José Pinheiro, presidente do Sindicato.

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