Banco de alimentos do Sesc Mesa Brasil, incorpora castanha como item de segurança alimentar

O SESC faz parte da rede Brasileira de Banco de Alimentos – RBBA, que tem como missão o fortalecimento e integração dos bancos de alimentos para promoção do Direito Humano à Alimentação

Assessoria
Publicada em 27 de fevereiro de 2024 às 14:05

Ingrid Lorrayne Alves de Souza - Nutricionista do Programa SESC Mesa Brasil de Ji-Paraná

A partir de março (2024), 19 toneladas de Castanha garantirão o reforço nutricional de instituições cadastradas do município de Ji-Paraná-RO. A iniciativa segue até setembro de 2024 e é uma parceria entre a Cooperativa de Produção do Povo Indígena Zoro – COOPERAPIZ e o Programa Sesc Mesa Brasil de Ji-Paraná, através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da CONAB.

Ingrid Lorrayne Alves de Souza, é nutricionista do Programa Sesc Mesa Brasil de Ji Paraná e explica que este é um Programa Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Serviço Social do Comércio / Sesc, que já tem 16 anos de atuação no município de Ji-Paraná e 20 anos na capital de Rondônia. O SESC faz parte da rede Brasileira de Banco de Alimentos – RBBA, que tem como missão o fortalecimento e integração dos bancos de alimentos para promoção do Direito Humano à Alimentação. Já a parceria da instituição  com a Conab/PAA se estende por mais de 12 anos, através da modalidade compra com Doação Simultânea (CDS), como unidades recebedoras de atendimento gratuito do SESC, beneficiando mais de 6.000 mil pessoas de famílias em situação de vulnerabilidade social, sem custo algum ao público beneficiado.

Neste contexto que a COOPERAPIZ, através do apoio do PAA, tornou-se fornecedora de castanha da Amazônia para o Programa Sesc Mesa Brasil, com proposta de entrega mensal de aproximadamente 2.000 kg de castanha beneficiada, onde o Programa Sesc Mesa Brasil é uma unidade recebedora de alimentos para realizar a doação para as instituições sem fins lucrativos cadastradas no Programa, que faz o repasse para as famílias que recebem atendimento. A proposta da COOPERAPIZ é a entrega da castanha beneficiada, sendo que o Programa Sesc Mesa Brasil fornece orientações de consumo com oficinas, cursos, palestras, além de temáticas voltadas para o empreendedorismo e geração de renda, aproveitamento integral dos alimentos, sustentabilidade entre outros, orientando  as instituições como consumir, armazenar e distribuir para o público atendido

Além da COOPERAPIZ, o Programa Sesc Mesa Brasil de Ji-Paraná possui mais 07 (sete) cooperativas fornecedoras de alimentos, garantindo a diversificação nos produtos recebidos.  De acordo com Ingrid Lorrayne, para a distribuição é realizada uma análise da instituição, qual o público e quantitativo que atende, pois há três modalidades de instituições: sociais, mediadoras e sociais/mediadoras, com mais ênfase nas instituições mediadoras, pois as mesmas tem como seu foco principal doação paras as famílias, quando há volumes maiores de doação as três modalidades são contempladas.

Em relação ao impacto gerado desta parceria, Ingrid Lorrayne reforça dados de que o Brasil é um dos países mais populosos do mundo, que enfrenta desafios persistentes em relação à fome e à má nutrição. Um dos principais problemas é a falta de acesso a alimentos adequados e nutritivos. Embora seja um dos maiores produtores mundiais de alimentos, ainda há disparidades significativas no acesso a esses alimentos.

Como exemplo temos a Creche Grilo Falante de Ji-Paraná, que é uma instituição sem fins lucrativos, cadastrada no programa Sesc Mesa Brasil e recebedora de alimentos. Nilda Guedez, assistente social da creche frisa a importância da ação. “Para nós da Creche Grilo Falante, a parceria com o Sesc Mesa Brasil é grandiosa, com os alimentos que recebemos do PAA, doamos às famílias e tem enriquecido a alimentação, com alimentos saudáveis para estas famílias que vivem em vulnerabilidade”, explica ela.

Sobre os programas:

O programa Sesc Mesa Brasil atua ao lado de empresas parceiras, que doam seus excedentes de produção ou produtos fora dos padrões de comercialização, mas em condições seguras para o consumo humano, para atender prioritariamente pessoas em situação de vulnerabilidade social e nutricional, assistidas por entidades sociais cadastradas no Programa. Com o objetivo de contribuir para a diminuição do desperdício de alimentos e a insegurança alimentar e nutricional, além de promover a melhoria da qualidade de vida de pessoas em situação de vulnerabilidade social assistidas pelas instituições sociais do Programa.

A rede de Bancos de Alimentos combate à fome e o desperdício, a partir de uma rede de parcerias, realiza coletas nos parceiros doadores de forma continuada através do caminhão do Programa. Os alimentos são aqueles sem valor comercial, mas apresentam características organolépticas e conteúdo nutricional próprios para o consumo. Todos os alimentos selecionados são direcionados às entidades sociais que produzem e servem refeições no local.

O Programa de Aquisição de Alimentos – PAA, da Conab, tem como objetivo o incentivo à agricultura familiar e a promoção da inclusão econômica e social, com fomento à produção sustentável, ao processamento de alimentos, à industrialização e à geração de renda; incentivo ao consumo e a valorização dos alimentos produzidos pela agricultura familiar, contribuição ao acesso à alimentação, com quantidade, qualidade e regularidade necessárias, para as pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, sob a perspectiva do direito humano à alimentação adequada e saudável (CONAB – 2024).

Estas ações fazem parte do projeto MAN GAP, da ASSOCIAÇÃO DO POVO INDIGENA ZORO PANGYJEJ APIZ, inserido no subprograma de Agricultura Familiar e de Povos e Comunidades Tradicionais, do Programa REM-MT e são resultados de um trabalho participativo de acordos em prol do desenvolvimento social, produtivo, econômico, organizacional e ambiental dos povos indígenas envolvidos na proposta.

O Projeto Man Gap vem trabalhando para fortalecer a Cadeia de Valor da castanha do Brasil nas terras indígenas da região Noroeste de Mato Grosso e sul de Rondônia, promovendo visibilidade e a sustentabilidade dessa atividade econômica, através do impulsionamento ao desenvolvimento socioeconômico das comunidades indígenas, estimulando seu empoderamento e a valorização cultural da castanha do Brasil.

Dentre as diversas iniciativas no âmbito do Projeto Man Gap está este impulso na participação de editais, contratos de comercialização, boas práticas de coleta e manejo, cooperativismo, gestão organizacional e planejamento de safra de Castanha da Amazônia. Estas iniciativas fortalecem a agregação de valor à Cadeia de Valor da castanha do Brasil nas terras indígenas da região Noroeste de MT e sul de Rondônia, resultando a criação de arranjos coletivos entre as organizações comunitárias dos povos indígenas, a instalação e melhoria de infraestrutura para o transporte, armazenamento, beneficiamento e comercialização da castanha; ampliação e modernização da infraestrutura para o beneficiamento de castanha na fábrica instalada na Terra Indígena Zoró e a instalação de uma fábrica nova para o beneficiamento de castanha na Terra Indígena Apiaká-Kayabi, valorizando o trabalho dos indígenas e garantindo a conservação da floresta amazônica.

Sugestão de consumo: BISCOITO DE CASTANHA DO BRASIL

 Ingredientes

·         600g de castanha triturada

·         400g de amido de milho

·         200g de açúcar

·         400g de manteiga

·         400g de trigo

Modo de fazer

Para começar misture a manteiga e o açúcar até ficar como um creme, em seguida adicione o amido de milho e amasse com as mãos, neste processo, vá colocando o trigo aos poucos até que a massa desprenda das mãos, podendo então modelar os biscoitos. Levar ao forno pré-aquecido a 180ºC até ficarem dourados e desprender com facilidade da forma.

Rende muito, fica uma delícia, além de ser altamente nutritivo.

https://oraculocomunica.eco.br

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