Bolsonaro livra índios da exploração e manipulação das Ongs internacionais e todos os seus parceiros

Vão perder seus domínios. Mas o Brasil, é claro, vai ganhar!

Sergio Pires
Publicada em 04 de janeiro de 2019 às 10:10
Bolsonaro livra índios da exploração e manipulação das Ongs internacionais e todos os seus parceiros

Espera-se que as reações comecem logo, porque os interesses contrariados são enormes e envolvem grandes organizações internacionais, entre elas famosas ONGs,  que se adonaram da Amazônia, principalmente, mas com apoios importantes de alas da  Igreja Católica e instituições que, todos sabemos, estão aparelhadas pela ideologia esquerdista, senão em todas as áreas, mas, ao menos em muitas delas. Acabou a festa! Medida Provisória assinada em seu primeiro dia de governo pelo presidente Jair Bolsonaro (cumprindo, aliás, uma de suas promessas de campanha), tirou da incompetente Funai a decisão sobre a demarcação de terras indígenas e a passou para o Ministério da  Agricultura. Nos últimos anos, antropólogos da Funai percorriam o país – claro que, em muito maior número, na nossa região -  à busca de indícios de que áreas, mesmo ocupadas há anos, com casas, produção e lavouras, seriam “indígenas”. As provas eram as mais absurdas possíveis. Um vaso de barro, antigo,  encontrado aqui e ali já servia como evidência definitiva que toda a área seria indígena. Não dá para esquecer uma tentativa absurda de representantes da Funai, querendo que Cadeias do Jamari voltasse a ser uma aldeia, porque ali haveria provas de ser tudo terra dos índios. Cômico, não fosse trágico! Foi uma sucessão de absurdos, que acabou com quase 12,5 por cento de todo o território nacional, cerca de  1 milhão de quilômetros quadrados, hoje considerados “nações indígenas”, abrigando 300 etnias, com 450 mil habitantes. Em algumas delas, como na Reserva Serra do Sol, em Roraima, os índios que não queriam a criação da área e preferiam continuar convivendo com as plantações de arroz, principalmente (a produção do Estado chegou a 160 mil toneladas de grãos por ano e hoje é zero), jamais foram ouvidos. Só valeu a opinião de uma minoria, que, aliada a chamados movimentos sociais, parcela da Igreja Católica e, obviamente, ONGs nacionais e internacionais que decidiram por todos, acabou na trágica decisão. O STF colocou o último cravo no caixão, tomando uma decisão absurda, doentia e ideológica, uma espécie de crime lesa Pátria, que a História certamente punirá.

Depois de assinar a MP que desaparelha a demarcação de terras indígenas, o presidente Bolsonaro publicou comentário nas redes sociais, resumindo o que pensa sobre o assunto, embora, certamente, tenha exagerado no número de pessoas que vivem nessas áreas. Escreveu: “mais de 15 por cento do território nacional é demarcado como terra indígena e quilombolas. Menos de 1 milhão de pessoas vivem nesses lugares isolados do Brasil de verdade, exploradas e manipuladas por ONGs. Vamos juntos integrar estes cidadãos e valorizar a todos os brasileiros”. É por essas e outras que aqueles que amam mais suas ideologias que seu país; que defendem apenas seus interesses e não os sentimentos verdadeiramente patrióticos, que possam ajudar os índios a terem uma vida mais digna, estão desesperados. Vão perder seus domínios. Mas o Brasil, é claro, vai ganhar!

DEPOIS DE BRASÍLIA, NOVIDADES NO AR!

Não se sabe se o governador Marcos Rocha vai anunciar publicamente, agora, os resultados de seus contatos em Brasília. Seu estilo diferente não indica que ele vá dar detalhes das conversas com autoridades da nova administração federal. Mas que há novidades, há sim! Reuniões no Ministério do Exército e no Ministério da Saúde, onde a pauta principal foi a situação tenebrosa do Hospital  João Paulo II, poderão significar resultados muito positivos e a curto prazo. Ao mesmo tempo, em breve, Marcos Rocha poderá anunciar também novidades importantes em relação a grandes obras públicas para o Estado. Os detalhes ainda estão sendo alinhavados, os debates sobre investimentos na saúde e em rodovias rondonienses recém começaram, mas o que se sabe é que, em suas primeiras reuniões com altas autoridades do governo Bolsonaro, Marcos Rocha saiu muito satisfeito. Há sim novidades no ar e já existem também ações em andamento. Quando elas serão divulgadas e se todos os detalhes vão ser do conhecimento público de imediato, ainda não se sabe. Na solenidade de nomeação do secretariado, nessa sexta, no Palácio das Artes, o novo governador anunciará alguma coisa? Aguardemos...

A TURMA DO CENTRO DO PODER

Muda todo o primeiro escalão. A exceção é Evandro Padovani, o único secretário do governo anterior, que volta ao cargo, comandando a Agricultura. Todos os demais secretários serão nomes novos. A posse deles, oficial, será nesta sexta, numa solenidade agendada para o Palácio das Artes, a partir das nove da manhã. Antes disso, às 8h horas, o Governador comanda sua primeira solenidade oficial no Palácio Rio Madeira/CPA, uma posse simbólica, com o hasteamento das bandeiras do Brasil e de Rondônia. Haverá algum supersecretário no novo governo, como geralmente havia em governos anteriores? Não há sinais de que isso vá acontecer. Certamente alguns nomes terão peso maior, mas muito mais da porta para fora, pelas posições que ocupam. Um deles, mais próximo ao Governador será Fernando Máximo, o titular da da saúde que, ao menos nesses primeiros momentos, terá sua pasta, como prioridade maior. Pedro Pimentel, o novo chefe da Casa Civil será, sem dúvida, outra figura importante no contexto do governo. A equipe da Sefin, comandada por Luiz Fernando Pereira da Silva, terá espaço importante na agenda do chefe, por motivos óbvios.  Outra figura próxima a Rocha, até pela longa convivência que ambos tiveram na Polícia Militar, onde o jornalista atua há longos anos, será com o Superintendente de Comunicação, Lenilson Guedes. E não se pode esquecer a primeira dama, Luana Rocha, que será a titular da Ação Social e, obviamente, terá muito poder no novo governo.

BAGATOLLI SÓ SAÚDA BOLSONARO

Marcos Rocha começa a governar sob grande expectativa dos rondonienses. Espera-se dele muitas ações objetivas, a redução imediata do tamanho do Estado, corte de gastos e combate rigoroso à corrupção, que ele prometeu na campanha. Aliás, um dos seus primeiros atos será a criação de uma estrutura de governo que trabalhará apenas nessa área: combatendo os corruptos, fechando as torneiras do desperdício e denunciando quem está envolvido em malfeitos. O próprio Coronel Governador confirmou essa medida no dia da sua posse oficial. Mas ele terá também algumas dificuldades, inclusive entre quem o ajudou na campanha. O empresário de Vilhena, Jaime Bagatolli, que concorreu ao Senado pelo PSL e teve mais de 212 mil votos, ao que parece, está mesmo distante do centro do poder. Em sua mensagem de Ano Novo, divulgada através de um vídeo nas redes sociais, ele disse que acredita muito em Jair Bolsonaro, o novo Presidente, falando “como político, como empresário e como empreendedor”. Desejou um Feliz Ano Novo a toda a Rondônia. E não fez qualquer citação, nem de longe, ao Governador que ajudou a eleger. Não será fácil, ao que parece, a relação de Rocha com os aliados do grupo de Bagatolli.

SEM CORRERIA  POR CDS

Houve já muitas exonerações, principalmente no primeiro e no segundo escalões, nos salários mais altos e nos cargos mais importantes do Governo. Mas há ainda milhares de servidores comissionados, do Governo anterior, trabalhando normalmente. E continuarão trabalhando em suas atuais funções, em alguns casos provavelmente até 31 de janeiro. Outros, ainda, ficarão exatamente onde estão por longos meses. As nomeações de substitutos vão demorar a serem feitas e, importante que se destaque, muitos dos cargos ficarão sem ocupantes, porque o governador Marcos Rocha quer começar o enxugamento da máquina exatamente pelos cargos comissionados. Aliás, nesse quesito, já se notou uma diferença concreta em relação ao início dos governos anteriores. Não há uma correria atrás de CDs; não há pressão de deputados, vereadores, prefeitos e aliados por nomeações; não há filas de pedintes de emprego para  os milhares de cargos do governo. Não se sabe se será assim durante todo o período sob o comando de Rocha, mas se o for, sem dúvida alguma representará uma inovação importante na administração pública rondoniense.

TRANSMISSÃO AO VIVO

A exemplo do trabalho que foi feito na posse de Marcos Rocha, o site TV do Povo fará nova transmissão ao vivo, dessa vez na solenidade de posse dos novos secretários estaduais, que acontecerá nessa sexta, a partir das nove da manhã, no Palácio das Artes. Com uma grande estrutura de câmeras e uma equipe composta por vários profissionais, a TV do Povo quer passar a informação na hora, aos seus internautas, para que eles acompanhem a cerimônia em todos os detalhes e por todos os ângulos. A transmissão será feita pelo site tvdopovo.com; nas paginas do Facebook TV do Povo e Tudo17, assim como através de sites parceiros. Outros sites também realizarão a cobertura especial, mostrando a nova equipe de Marcos Rocha, que assume seus cargos para comandar Rondônia até 2022. A cerimônia no  Teatro Palácio das Artes será comandada pelo superintendente de comunicação do governo, Lenilson Guedes, um especialista em cerimoniais.

PONTE, LUZES E PASSARELAS

Dnit e Prefeitura de Porto Velho estão anunciando obras importantes para a Capital e para o Estado. No caso da administração municipal, o secretário Thiago Tezzari, da Emdur, anunciou que em breve começarão as obras de iluminação da ponte sobre o rio Madeira. Inaugurada oficialmente em 15 de setembro de 2014, ou seja, há quatro anos e quatro meses, finalmente a ponte receberá uma iluminação, já que vive na escuridão total desde que foi aberta ao trânsito, ligando Porto Velho à BR 319, no outro lado do rio. Já o Dnit está confirmando a inauguração da nova ponte sobre o Madeira, na Ponta do Abunã, para o início do segundo semestre deste ano. Será, enfim, a ligação total do resto do Brasil com o Acre, já que, até agora, só se atravessa o Madeirão em balsas. Finalmente, o terceiro pacote trará sete pequenas, mas muito importantes obras: serão construídas passarelas para pedestres em diferentes pontos da BR 364, no trecho em que ela atravessa a Capital rondoniense. Tudo isso está confirmado. Há ainda uma outra obra gigante, mas essa ainda sem orçamento e apenas sendo esboçada, mas que já está sendo tratada em Brasília. A duplicação da BR 364 não é apenas mais um sonho que nunca se realizará. Em breve teremos mais detalhes.

PERGUNTINHA

Você concorda com o novo governador do Rio de Janeiro que chamou os traficantes de narcoterroristas ou acha que ele exagerou ao misturar crimes comuns com atos de terrorismo?

Comentários

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    Pedro Paulo Almodovar 04/01/2019

    O nobre colunista, para discursar sobre a questão indígena e tecer severas críticas à Igreja Católica, deveria informar-se ligeiramente acerca destes assuntos. Costumo ler a coluna deste senhor, e em raras ocasiões lê-se algo efetivamente aproveitável. Mas há que se respeitar ideias divergentes. Contudo, quando as asneiras extrapolam o limite da tolerância, algo deve ser dito: Esta celeuma (levada à imprensa por almofadinhas que nunca saíram de seu apartamento urbano), de que as ONG's é que interferem decisivamente na política indigenista nacional, precisa ser esclarecida. Somente gente desinformada propala essas questões. Nossos povos nativos hoje são respeitados e atendidos pela educação, saúde e outros serviços públicos. De norte a sul do país. Obtiveram vitórias significativas nas últimas décadas, quando lhes foi assegurado um pouco de terra para prosseguirem a viver conforme sua escolha. E dizer (como o faz o atual ocupante da presidência da República) que os índios querem ser gente como nós... que não precisam de terras extensas, isso e aquilo, apenas camufla uma exigência dos latifundiários (financiadores da campanha do Jair), que desejam apropriar-se das reservas indígenas para destruírem a natureza e ganhar fortunas produzindo grãos ou criando gado. A Igreja Católica está ao lado dos povos indígenas e irá defendê-los, como vem fazendo há séculos. E não será um governo de extrema direita, desinformado e comprometido com o grande capital, que destruirá as conquistas destes povos nativos, que já foram dizimados por tantas vezes. E você, colunista rançoso e direitista, procure informar-se sobre quem é o presidente do CIMI, e quais as atribuições, competências e serviços que este Conselho presta em favor dos povos indígenas do Brasil. O presidente do Conselho Indigenista Missionário da CNBB pode ser encontrado em Porto Velho, bem próximo à Prefeitura... na D. Pedro II. Quem sabe, Sr. Pires, conversando com ele, o senhor deixa da escrever tamanhas barbaridades.

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