Briga de egos

Uma briga de egos entre o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, e o governador de Rondônia, Confúcio Moura, estaria estorvando a ampliação dos serviços de água e esgotamento sanitário na capital.

Valdemir Caldas
Publicada em 13 de maio de 2017 às 09:19

Uma briga de egos entre o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, e o governador de Rondônia, Confúcio Moura, estaria estorvando a ampliação dos serviços de água e esgotamento sanitário na capital. Pelo menos é isso que se pode inferir da análise feita pelo competente jornalista Carlos Esperança, em sua coluna no jornal Diário da Amazônia, edição de sexta-feira passada.

Na briga do mar contra o rochedo, quem leva a pior é o marisco, que acaba sendo arremessado contra as pedras. No caso específico, a população. Em sendo verdade, a questão exposta não seria apenas melancólica, mas, acima de tudo, uma revelação dura e cruel sobre a pouca importância que se dá aos problemas enfrentados pela população, aqui e alhures.

Enquanto o prefeito e o governador se enfrentariam numa batalha mais particular e que diz respeito apenas aos seus planos para o futuro, as pessoas que vivem em Porto Velho travam uma luta antiga: acesso à água potável. Se a situação é difícil para a população da capital, o que dizer para quem vive nos distritos, cujos moradores foram abandonados, esquecidos e com perspectiva de vida muito resumida.

O que se verifica, por meio das noticias diariamente divulgadas pela mídia a respeito do puxa encolhe envolvendo os serviços de água tratada e esgotamento sanitário, é a completa ausência de vontade política para fazer o que realmente precisa ser feito. Em que projeto os moradores precisam inserir-se para, de fato, ter água em suas residências.

Em Porto Velho, não são apenas os problemas relacionados à carência de água potável e esgotamento sanitário que explodem e leva à população a exige respostas do poder público para os seus dramas e as suas necessidades. Há outros. Poder-se-ia citar um rosário deles. Mas prefiro não fazê-lo por falta de espaço.

As dificuldades ganham uma proporção tão grande que deveriam mobilizar outras posturas por parte dos dois administradores, pois ambos têm uma enorme responsabilidade constitucional e são portadores do crédito que os eleitores neles depositaram para administrar e planejar o adequado uso dos recursos públicos em nome do bem-estar da sociedade, que não tem coloração partidária.

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