Buscas por crédito para negativado aumentam 250% em setembro
Índice FinanZero de Empréstimos aponta que as pesquisas por empréstimo para negativado assalariado cresceram 3,5 vezes ao longo do último ano; Região Sudeste concentra 69% das solicitações de empréstimos para negativado
São Paulo, outubro de 2021. A preocupação e o senso de urgência em ter dinheiro para quitar dívidas resultaram em um aumento nas buscas por crédito para negativados. Segundo o Índice FinanZero de Empréstimos (IFE), relatório mensal produzido pela fintech de empréstimos online FinanZero, o interesse de busca por “empréstimo para negativado online 24 horas” e “empréstimo para negativado assalariado” no Google cresceu 250% em setembro deste ano, em comparação com mesmo período de 2020.
De acordo com a análise da FinanZero, as buscas por empréstimo com garantia de celular, modalidade mais recente e que facilita a solicitação de crédito, também mostraram crescimento de 50%.
Fonte: Índice FinanZero de Empréstimos com dados do Google - análise de 01/09 até 30/09/2021
Com a renda afetada, seja pelos juros altos e inflação, desemprego e até mesmo redução do valor do auxílio emergencial, muitos brasileiros se viram em meio ao endividamento, chegando a extrapolar o prazo de pagamento por meses. Com isso, até o final de julho, o país já somava cerca de 59,4 milhões de pessoas físicas com o nome negativado, ou seja, com o famoso “nome sujo”, segundo apuração do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Uma pessoa não tem o seu CPF negativado quando apenas atrasa o pagamento de uma conta ou uma dívida, somente quando ultrapassa o vencimento há muito tempo. Quando isso acontece, o credor encaminha o CPF da pessoa que está devendo para a lista de órgãos de proteção ao crédito, resultando em uma série de implicações, como a dificuldade para conseguir financiamentos e empréstimos, problemas para abrir contas ou solicitar um cartão de crédito, entre outros fatores relacionados às finanças da pessoa.
Empréstimo para negativado como alternativa para salvar as finanças
Diante deste cenário, algumas instituições financeiras e fintechs de crédito ofertam aos consumidores a possibilidade de crédito para negativado – ou seja, uma linha de crédito na qual, mesmo com restrições no CPF, uma pessoa pode solicitar empréstimos para reorganizar as finanças e quitar pendências, por exemplo. “O empréstimo para negativado surge como uma alternativa que não discrimina pessoas com o nome sujo e possibilita que elas saiam do vermelho e consigam controlar melhor suas finanças pessoais”, detalha, Cadu Guidi, sócio-diretor de marketing da FinanZero.
O empréstimo consignado é a linha de crédito mais conhecida e comum para quem está negativado conseguir crédito no mercado. Esse tipo de empréstimo permite que o pagamento das parcelas seja descontado diretamente da conta do solicitante, reduzindo o risco de inadimplência. Apesar de estar disponível, geralmente, para aposentados, pensionistas, servidores públicos ou profissionais de empresas privadas, o empréstimo consignado traz vantagens ao solicitante, como taxas de juros menores, parcelas mensais fixas e limite de crédito maior, por exemplo.
Além dessa linha de crédito, existem outras lançadas que também possibilitam este apoio ao negativado. “O empréstimo com garantia de veículo, imóvel quitado e até mesmo com garantia de celular, além do crédito pessoal para negativado autônomo, são algumas das alternativas que uma pessoa negativada pode recorrer ao procurar por um empréstimo”, explica Guidi.
Solicitação online de crédito para negativado: 54% dos solicitantes são homens
De acordo com a base de usuários da FinanZero, homens representam 54% do perfil de solicitante de empréstimo para negativado online, enquanto 46% são mulheres. A fintech também aponta que 58,3% dos solicitantes possuem entre 25 e 34 anos, ante os 41,7% que têm entre 18 e 24 anos. De todo modo, o perfil do solicitante é jovem, refletindo uma ausência de planejamento da população mais nova em relação às finanças.
Além disso, a maioria dos clientes são da região Sudeste (69%), seguido do Sul (14%) e Centro-Oeste (10%). Nordeste e Norte representam a menor parcela das solicitações, com 5% e 2%, respectivamente.
Confira aqui todos os dados do IFE.
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