A Prefeitura de Ji-Paraná, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e Secretaria Municipal de Assistência Social e Família (Semasf), está realizando ações de combate ao abuso e exploração sexual nas escolas do município. Nesta quinta-feira (11), a palestra com os personagens Pipo e Fifi aconteceu no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Olívia Heiderich de Brito (2º distrito).

As atividades para as crianças fazem parte da Campanha Maio Laranja, em alusão ao dia nacional estabelecido no dia 18 de maio pela Lei Federal 9.970/2000. Ao todo, 80 crianças participaram da apresentação na unidade educacional. O tema foi abordado de forma dinâmica e divertida, para informar as crianças sobre o assunto.

Segundo a diretora do CMEI, Natividade Morais, é muito importante discutir o assunto dentro da escola para orientar as crianças. A instituição atende 220 alunos, sendo 110 pela manhã e mais 110 no período da tarde.  “Quando passamos esse tipo de estímulo, elas se sentem encorajadas a falar e denunciar qualquer situação”.

Rogério Crivelaro é pedagogo e servidor do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e a assistente social, Yolanda Flores Acerbi, interpretam os personagens Pipo e Fifi. Dentro da programação, uma história é contada para as crianças, com interação e conversas de acordo com a idade, tornando a apresentação divertida e educativa.

“Fazer esse trabalho metodológico, aqui, tem grande relevância, porque é a instrumentação das crianças em sua própria defesa. Nosso objetivo é alcançar um grande número de crianças e adolescentes sobre o tema e orientá-los a fim de evitar qualquer situação”, pontuou o pedagogo.

Segundo dados apresentados pela coordenadora do Creas no Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (Paefi), Glécia Ranny Alves, no primeiro quadrimestre de 2023, foram 109 casos acompanhados. Deles, 42 se configuram em abuso sexual.

Para a secretária da Semed, Ana Maria Vizeli, a Educação tem que atuar com a rede de proteção que envolve o Conselho Tutelar e Assistência Social, para evitar novos casos. “Conversamos com as crianças sobre o que pode e não pode, para garantir os direitos e proteção de todos eles. É uma forma de conscientização para todas as idades”, afirmou.