Cansado do passado

Há um inequívoco desejo de renovação no ar dos quadros políticos. Essa, pelo menos, é a minha impressão do que tenho ouvido de muita gente.

Valdemir Caldas
Publicada em 18 de julho de 2018 às 08:55

Há um inequívoco desejo de renovação no ar dos quadros políticos. Essa, pelo menos, é a minha impressão do que tenho ouvido de muita gente. São nítidas as manifestação de fatiga do que representa a imoralidade, a corrupção, a desordem moral, criando uma espécie de escola da degeneração dos costumes, como se a desonestidade houvesse se incorporado à cultura do povo, e meter as mãos sujas do dinheiro público fosse a coisa mais natural do mundo, quando, na verdade, não é exatamente assim.

Não sei você, leitor/eleitor, mas estou cansado de políticos passadistas, de velhas e manjadas raposas, que sempre deram um jeito de corpo para permanecer no poder, com discursos recheados de demagogia, ostentando e vivendo nababescamente à custa da miséria de muitos. Corre nas redes sociais um vídeo incentivando o eleitor a não votar em politico ficha-suja. Que tal se aderíssemos a esse movimento, ou vamos continuar de olhos fechados à despudorada e cruel realidade que nos aflige e envergonha?

Em outubro próximo, teremos eleições. Não será uma missão fácil, dada à escassez de bons postulantes, mas uma coisa tenha certeza: a sociedade precisa entender que, para alcançar o futuro desejado não existem atalhos. O contrário disso é continuar a assistir as mesmas e cansadas cenas de corrupção, de inversão de valores, com o endeusamento e culto à personalidade. Precisamos encontrar nomes que exprimam os nossos sonhos e as nossas esperanças.

Em entrevista à revista Veja desta semana, o ex-presidente e senador Fernando Collor (PTC), apanhando na ratoeira da Lava-Jato, acusado de receber propina de um doleiro, afirmou que a Lava-Jato não vai influenciar coisa nenhuma na composição do Congresso que existirá a partir de 2019. Não sei o que pensa o povo alagoano – seu estado de origem – sobre o assunto, mas desafio o eleitorado rondoniense, pelo menos aqueles que ainda não se deixaram seduzir pelo canto de sereia de ladrões do dinheiro público, a mostrar que Collor está errado em sua sentença.

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