Casos aumentam na capital, mas índices são baixos, aponta Ministério da Saúde

A capital apresenta baixo grau de risco para transmissão da doença, com menos de cinco casos por mil habitantes

Comdecom
Publicada em 13 de agosto de 2020 às 09:20
Casos aumentam na capital, mas índices são baixos, aponta Ministério da Saúde

Os casos de malária registrados de janeiro a julho de 2020 em Porto Velho estão acima daqueles confirmados em igual período do ano anterior. De acordo com o Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (SIVEP) do Ministério da Saúde, são 191 casos a mais.

De acordo com a Divisão de Controle de Vetores (DCV) da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), nos primeiros sete meses de 2019, Porto Velho notificou 3.002 casos de malária, incluindo distritos e zonas rurais, contra 3.193 nos mesmos meses deste ano. Os casos importados de pessoas que vem de outro município ou estado também estão contabilizados em ambos registros.

No entanto, segundo o Índice Parasitário Anual (IPA) de malária, estabelecido pelo Ministério da Saúde, o grau de risco na Capital é considerado muito baixo, pois são menos de cinco casos para cada mil habitantes. O IPA é o indicador que estima o risco de ocorrência anual de casos e expressa o grau de risco para transmissão de malária em baixo (menos de 10 casos/mil habitantes), médio (10 a 49,9 casos/mil habitantes) e alto (mais de 50 casos/mil habitantes).

Segundo Roberto Fernandes, gerente do DCV, as atividades de controle e combate aos vetores são executadas em duas frentes de trabalho: borrifação residual (casa a casa) e borrifação espacial (fumacê). “Em razão da pandemia, por recomendação do Ministério da Saúde, as visitas domiciliares estão suspensas para evitar exposição da população e profissionais ao coronavírus. Mas o fumacê foi intensificado com aplicações periodicamente nas regiões mais endêmicas”.

Ainda segundo Roberto Fernandes, as regiões com maior prevalência da doença são aquelas periurbanas, ou seja, áreas que se localizam no entorno da cidade onde as atividades rurais e urbanas se misturam.

Segundo o DCV, essa área periurbana corresponde a 2° região que tem em seu total 85 localidades. Entre elas a região do Belmont, Vila Princesa, após o bairro Ulisses Guimarães até as adjacências do município de Candeias do Jamari, entre outras. “Ainda temos um calendário de aplicação da borrifação espacial que é executado rotineiramente em bairros da zona urbana também”.

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. Seus sintomas mais comuns são febre alta, calafrios, tremores, sudorese, dor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica. Algumas pessoas podem sentir náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.

Segundo o microscopista do Núcleo de Diagnóstico de Malária da Semusa, Roberto Costa, a população deve ficar atenta aos sintomas e procurar uma unidade de saúde assim que identificar os sintomas. “Um diagnóstico preciso e imediato é o primeiro passo na estratégia para o controle da doença, pois quanto mais precoce aumenta as chances de cura e impede o desenvolvimento do quadro”.

Na zona urbana, o atendimento médico para pessoas com sintomas de malária pode ser realizado nas Policlínicas Ana Adelaide e José Adelino e nas unidades básicas da saúde do Castanheiras, Nacional e Hamilton Gondin, além das UPAS Sul e Leste. Todas as unidades de saúde dos distritos e linhas também estão preparadas para este tipo de atendimento.

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