Cerejeiras (RO): corpo encontrado dentro de saco é reconhecido; garota de 17 anos foi morta a facadas
Começam buscas pelo assassino; delegado evita declarações.
Vilhena, Rondônia - O caso policial mais chocante dos últimos anos na cidade de Cerejeiras (RO) teve um final que ninguém esperava. Segundo as informações de policiais passadas ao FOLHA DO SUL ON LINE (cuja equipe esteve no local do fato) por volta da meia-noite desta segunda-feira, 24, o corpo encontrado dentro de um saco plástico na Linha 4, próximo ao campo do Internacional, a alguns metros de uma Igreja da Comunidade Católica, a cerca de 7 quilômetros da área urbana cerejeirense, é mesmo da adolescente Jéssica Moreira Hernandes, de 17 anos, que estava desaparecida desde a manhã da última quinta, 20.
Uma multidão se aglomerou no local onde o cadáver foi encontrado, com carros e motos, além de veículos da Polícia Civil, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros (que foi ao local socorrer um senhor que passou mal).
Segundo moradores da localidade, o corpo foi encontrado por duas meninas que faziam caminhada na estrada, quando ambas sentiram o mau cheiro e viram um cadáver dentro de um saco plástico. As famílias das meninas que encontraram o corpo ligaram para as autoridades em Cerejeiras.
Por volta das 21h00, a Polícia Técnico-Científica de Vilhena chegou ao local onde o corpo foi encontrado. Mediante as primeiras análises, um oficial de polícia, que pediu para não ser identificado, disse que o corpo é realmente da adolescente desaparecida. Também no local, um amigo da família confirmou a informação.
Por volta da meia-noite, amigos já publicavam nas redes sociais mensagens de despedida da jovem.
Em contato pelo WhatsApp, um agente funerário que acompanhou o resgate do corpo disse que Jéssica foi morta com três facadas: uma nas costas e duas no pescoço. A informação desmente os boatos iniciais de que a adolescente teria sido esquartejada.
Parte da vegetação próxima à cena macabra apresentava indícios de queimada, indicando que o assassino pode ter tentado carbonizar a garota após matá-la. Não foi possível, ainda, determinar se a estudante foi morta no mesmo dia do aparente seqüestro ou se ela teria sido mantida em cativeiro por mais algum tempo.
CAÇADA AO ASSASSINO
Agora, com a confirmação de que o sumiço da menor é assassinato, a polícia se concentra em identificar o autor do crime, que aparentemente agiu sozinho. O celular com o qual Jéssica havia saído de casa ainda não foi encontrado, mas mesmo sem o aparelho será possível identificar as chamadas feitas para o número dela.
O site manteve contato com o delegado Rodrigo Spiça, que comanda as investigações, mas ele não deu declarações. Aliás, sequer confirmou a identidade da vítima, alegando que isso só será feito oficialmente após a emissão do laudo pericial.
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