Cientista social diz que moderação de Bolsonaro não irá durar muito tempo
A avaliação é da analista Daniela Campello, professora associada da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ebape). "Ele estica a corda, eventualmente alguém avisa que foi demais e ele faz uma força para recuar e tentar parecer moderado, mas no instante seguinte ele não consegue", diz ela sobre Jair Bolsonaro
Analista Daniela Campello, professora associada da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ebape) (Foto: Reprodução/Youtube)
247 - Doutora em ciência política pela UCLA (Universidade da California em Los Angeles), Daniela Campello, professora associada da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ebape), avalia que o recuo de Jair Bolsonaro sobre as ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF) não vai durar muito tempo.
"É um jogo um tanto repetitivo e me impressiona que os atores ainda não tenham aprendido a jogar", afirma a analista em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. "Ele estica a corda, eventualmente alguém avisa que foi demais e ele faz uma força para recuar e tentar parecer moderado, mas no instante seguinte ele não consegue. É uma coisa reincidente. Mais curioso do que o Bolsonaro dar um passo atrás, como ele fez agora, são as notícias 'sobe a Bolsa porque Bolsonaro retrocedeu', 'empresários estão mais tranquilos'", continua.
Segundo a analista, uma parcela da sociedade que se engajou com Bolsonaro "é menor do que esse valor que ele tem [nas pesquisas] que é de 20, 25%". "Uma série de recursos que escoam, legal ou ilegalmente, para estes grupos que apoiam o presidente vão secar. Neste sentido eu sou cética de que essa direita bolsonarista sobreviva após Bolsonaro [deixar o governo]", complementa.
"Bolsonaro nunca escondeu suas preferências por um governo autoritário e o seu desprezo pela democracia. Ele vem esticando a corda desde o dia 1 [do seu governo]. Seja questionando as instituições, questionando as eleições, dizendo que é fraude ou ameaçando o Supremo Tribunal Federal", reforça.
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