Cintos apertados, fim do populismo e vida dura: Sartori impôs tudo isso aos gaúchos e será reeleito
Quando foi eleito, há quatro anos, avisou, com todas as letras: “farei um governo duro, difícil, porque o Estado está quebrado e não tem como resolver as coisas sem uma gestão voltada à recuperação do Estado”. Não só prometeu como fez.
Ivo Sartori é um gringo” (expressão que os gaúchos usam para descendentes de italiano, que, aliás, ainda falam com sotaque diferente, depois de várias gerações), que ganhou as eleições ao governo do Rio Grande do Sul, depois de varias gestões populistas e desastrosas, incluindo duas do PT e uma do PSDB. Quando foi eleito, há quatro anos, avisou, com todas as letras: “farei um governo duro, difícil, porque o Estado está quebrado e não tem como resolver as coisas sem uma gestão voltada à recuperação do Estado”. Não só prometeu como fez. Sob duríssimas críticas da oposição, acabou com estatais, reduziu o “compadrio” que caracteriza a ocupação de cargos públicos, extinguiu dezenas deles. Das 27 secretarias que recebeu ao assumir, as cortou para 19. Cortou diárias, viagens, horas extras, nomeações e contratos; proibiu a criação de novos cargos. Também suspendeu promoções e reviu pagamentos de fornecedores. Diminuiu em 21 por cento as despesas das secretarias. No total, a economia total gerada foi de 1 bilhão de reais. Nunca pagou os salários dos servidores em dia. Priorizou pagamentos das dívidas. É odiado pela maioria dos servidores públicos, de quem cortou muitos benefícios. Para fazer crescer a arrecadação, cometeu atos que político nenhum tem coragem, ainda mais em tempos de crise. Sartori aumentou o ICMS para 18 por cento. Aumentaram também os tributos para combustíveis, telefonia fixa e móvel; bebidas, energia elétrica (residencial e comercial, para 30 por cento e comercial, com o mesmo aumento). Criou ainda um Fundo de Combate à Pobreza , com a cobrança de adicional de dois pontos percentuais, até 2025, sobre TV por assinatura, fumo, bebidas alcoólicas e cosméticos. O Governador gaúcho avisou que, para que o Rio Grande não se desintegrasse economicamente e para recuperar a destruição econômica, causada principalmente durante os governos petistas, teria que ser duríssimo na gestão.
Mesmo com tudo isso, Ivo Sartori teve a coragem de se candidatar à reeleição. Pede aos gaúchos mais quatro anos de cintos apertados. E as pesquisas, o que dizem? Mostram que, se a eleição fosse hoje, ele ganharia disparado. Isso mesmo! Está nada menos do que 11 pontos percentuais à frente do segundo colocado nas pesquisas, o tucano Eduardo Leite e outro petista, o ex ministro de Lula, Miguel Rossetto. Só uma mudança radical na posição do eleitorado o tirará de mais um mandato. Sartori pode servir de exemplo para muitos políticos, que vivem de promessas enganosas e mentiras, buscando a eleição pelo engodo. Ele não mentiu aos gaúchos. Avisou a dureza que todos enfrentariam e fez exatamente o que disse que iria fazer. O Rio Grande, ao que tudo indica, pode sair do buraco, daqui a algum tempo, que administrações populistas, demagógicas e irresponsáveis o colocaram. O gringo Sartori tem muitos defeitos, mas não mente para seu povo. Por isso, será reeleito.
TERREMOTO ATINGE PORTO VELHO
Não é a primeira vez e nem será a última. No final da tarde desta terça, o porto velhense que estava em alguns prédios altos (como o CPA, o TJ e outros edifícios de apartamentos), passou por um grande susto. Tudo parecia tremer, principalmente os andares mais altos. A causa: um violento terremoto, de 7,3 grau na escala Richter, cujo número máximo é 10, o que representaria um super terremoto, ocorrido no norte da Venezuela. O epicentro do forte tremor foi a área do rio Caribe, região de Sucre, no país de Nícolas Maduro. Funcionáios de órgãos públicos, que estavam praticamente encerrado o expediente, se assustaram bastante. Nos prédios maiores e nos andares mais altos, o balanço foi bastante forte.
O QUE VAI DIZER O IBOPE?
A primeira pesquisa do Ibope, que deve ser divulgada nesta quarta, sobre a eleição para o Governo de Rondônia, não deve trazer surpresas. Nesse momento, Expedito Júnior tende a aparecer como o primeiro colocado, com Acir Gurgacz e Maurão por perto. Vinicius Miguel deve estar bem atrás. Os números seguem outras pesquisas, algumas internas, dos partidos, apenas para orientação dos candidatos; outras registradas na Justiça Eleitoral, que apontam, antes da campanha tomar às ruas e também antes do início da propaganda eleitoral gratuita, que, do trio mais poderoso de candidatos é de onde sairá o novo Governador. Pode acontecer alguma grande zebra? Toda a eleição é uma incógnita e, mais que tudo, não se pode viver só em função de resultados de pesquisas, ainda mais do Ibope, que já acertou muito em Rondônia, mas também errou feio várias vezes. A verdade é que os resultados da pesquisa desta semana servirão, apenas, como norte para os concorrentes. Todos estão percorrendo trecho, visitando Rondônia em cada metro quadrado e começando a dar seu recado ao eleitor. Lá pela segunda semana de setembro, aí sim, se terá um quadro mais claro da disputa. O que não pode, para nenhum dos concorrentes de ponta, é cometer algum erro mais sério. Não haverá tempo para revertê-lo. A campanha é curtíssima e um erro de estratégia pode ser fatal.
MULHERES QUEREM A CÂMARA FEDERAL
Não se pode dizer que as mulheres não estão representadas, com muitos nomes e currículos respeitáveis, na disputa eleitoral de outubro. Para a Câmara Federal, só para ser ideia, dos 106 concorrentes registrados na Justiça Eleitoral, nada menos do que 40 são mulheres: 37,7 por cento do total. Veja a relação: Mariana Carvalho, Luciana Novo, Jussara Gotlieb, (PSDB); Marinha Raupp, Cláudia Aires Moura, Evelin Caroline, Monize Mello (MDB); Jaqueline Cassol, Cristiane Lopes (PP); Eloise Farina (DEM); Ada Dantas Boabaid, Etelvina Carvalho e Eliene Braz (PMN); Daniele Prieto, Kílvia Marques e Luana Rocha (PSL); Rosária Helena e Eliane Nazaré (PROS); Cabo Cirleide, Dona Terezinha (PRTB); Luciana Coelho e Patrícia Testoni (PRP). Tem ainda: Fatinha (PT); Silvane Lima, PSDC; Carolina Perazzo, Partido Novo; Evelin Caroline, do PV: Katiana Souza , do PSTU; Leilane Farias, do PHS; Liliane Rodrigues, do PSOL; Maria Simões, do PR; Michele Carvalho, do PPS; Mirla Mota, da Rede; Priscila Laurio, do PC do B e Samara Dias, PMB. Completam a relação:Jordana Ferreira (PSD); Vereadora Silvia Cristina (PDT); Fàtima Gavioli PSB); Ada Dantas Boabaid, Etelvina Carvalho e Eliene Braz (PMN).
TRE ANALISA PEDIDOS DE IMPUGNAÇÃO
As impugnações continuam, junto ao TRE. É praticamente definitivo que o deputado federal Nilton Capixaba (PTB), esteja fora da disputa pela reeleição, por condenação em segunda instância. Já houve pedido de impugnação do candidato Acir Gurgacz, mas sua defesa diz que tem convicção de que ele será autorizado a concorrer. Carlos Magno, candidato ao Senado pelo PP, também enfrenta pedido de impugnação, embora sua defesa seja firme na tese de que sua pena já prescreveu. Outro, entre os nomes mais conhecidos, que enfrenta dificuldades para ter seu nome liberado pela Justiça Eleitoral é o Padre Ton, condenado também em segunda instância, por ter usado a estrela do PT em materiais de divulgação da Prefeitura de Alto Alegre dos Parecis, quando era Prefeito daquela cidade. Ernandes Amorim também está nessa lista negra. O combativo político, que já ocupou todos os cargos legislativos possíveis e ainda foi prefeito da sua cidade, Ariquemes, também tem condenação em segundo grau. O diferencial é que a pena nada tem a ver com o mundo da política. Não envolve qualquer questão que normalmente tira a condição de elegível do candidato. Amorim foi condenado por ter feito uma queimada ilegal numa área em Alta Floresta. Nada a ver com dinheiro público ou atos de improbidade. Todos, até agora, conseguiram registrar suas candidaturas. A impugnação está andando e as defesas têm até o dia 5 para serem feitas. A partir de 6 de setembro, o TRE começa a dizer quem pode e quem não pode concorrer.
PODEMOS PERDER 164 MILHÕES DO BERON
A queda de braço entre o Governo de Rondônia e a União, por causa da dívida do Beron, continua se acentuando, mesmo depois da renegociação feita, autorizada pela Assembleia. O governador Daniel Pereira permanece na dura b atalha em defesa dos cofres do Estado, enquanto o governo federal ameaça em nos tomar, numa só tacada, algo em torno de 164 milhões de reais, que é o valor que não foi recolhido para amortização da dívida, desde 2014. Daniel encaminhou pedido para parcelamento dessa dívida em 24 meses, o que daria cerca de 6 milhões 835 mil reais/mês, mas a Secretaria do Tesouro Nacional endureceu e não topou. Pode ser que ainda nessa quarta, todo esse volume de dinheiro que está nos cofres federais, mas que pertence a Rondônia, seja sequestrado pela União, em nome da pornográfica divida de um banco extinto há quase 30 anos e onde, metade do valor que ficamos pendurados, é de responsabilidade do Banco Central, embora a Secretaria do Tesouro Nacional não aceite essa obviedade. O caso prosseguirá com ações judiciais de parte a parte. Rondônia aguarda que o Supremo decida sobre processo que está na reta final, para votação, mas ainda emperrado na burocracia interna do tribunal. Até lá, viveremos no fio da navalha, porque a União pode nos chantagear e deixar nossos cofres semivazios. Uma vergonha!
ADEUS, CERON DE ALGUNS POUCOS!
Falta pouco. Embora o desespero dos que querem que as coisas sejam mantidas como estão, mesmo que sejam extremamente ruins para a população, embora ótimo para eles, vai sim sair o leilão para privatizar a Eletrobras Rondônia, também conhecida como Ceron. Um dos últimos obstáculos legais foi derrubado neste início da semana. O presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro João Batista Brito Pereira, derrubou decisão da primeira instância da Justiça do Trabalho, que havia suspendido o leilão de seis distribuidoras de Eletrobras, marcado para o dia 30 deste mês. Entre elas nossa antiquada Ceron. Embora o rondoniense pague uma das contas de energia mais caras do país, mesmo que sejamos produtores de energia pura de duas entre as maiores hidrelétricas do mundo, a verdade é que os serviços prestados pela distribuidora são ruins, deficientes, cheios de burocracia e distante dos maiores interesses do consumidor. Cabide de emprego e sempre mal utilizadas por políticos que todos nós conhecemos, as distribuidoras são um ninho perfeito para apaniguados e amigos do Rei. Só não o são, é claro, para quem paga essa conta infindável, de uma estatal com obesidade mórbida. O negócio de manter benefícios e mordomias (claro que não se pode generalizar), mesmo em detrimento de um serviço enxuto e com preço digno, está acabando, para os que usam a Eletrobras como se fosse sua propriedade privada. Tem que acabar também em dezenas de outras estatais, cada vez mais gordas e cada vez mais ineficientes.
PERGUNTINHA
Qual dos nove candidatos você acha que vai aparecer na frente na primeira pesquisa do Ibope para as eleições ao Governo em Rondônia?
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