Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar! Vamos dar a meia volta e na PF passar
Muita gente entrou na dança, dentre eles o ex-secretário municipal de educação, mas, pelo navegar do barco, tudo indica que outros serão convidados a entrar na roda, mesmo que não tenham habilidade, nem ritmo.
Na literatura brasileira, o termo Ciranda é usado para definir uma brincadeira de roda da qual podem participar adultos e crianças, comum em algumas regiões do Brasil. Na linguagem policial, porém, Ciranda foi o nome dado pela competente Polícia Federal à operação destinada a combater o eventual desvio de recursos, por meio de licitações fraudulentas, no âmbito do transporte escolar fluvial, para atender alunos da rede municipal de Porto Velho.
Muita gente entrou na dança, dentre eles o ex-secretário municipal de educação, mas, pelo navegar do barco, tudo indica que outros serão convidados a entrar na roda, mesmo que não tenham habilidade, nem ritmo. Até quem serviu à administração Nazif e, hoje, está desfrutando das delícias do governo estadual, será convidado pela PF para participar da brincadeira, ou melhor, para prestar esclarecimentos.
Ao pronunciar-se sobre o episódio, que estremeceu os pilares de sua administração e calou fundo no seio da população portovelhense, o prefeito Hildon Chaves disse que abriu as portas da prefeitura aos órgãos de investigação. E não poderia ser diferente, sobretudo para quem chegou ao palácio Tancredo Neves prometendo combater, sem trégua, a corrupção, dentre outros maus hábitos que, ao longo da história deste país, vêm sendo praticados, sob os aplausos velados, de uma parcela da sociedade que de tudo faz para aumentar seu patrimônio, indiferente à miséria e à dor de milhares e milhares de irmãos, que vegetam na mais absoluta inanição. Mas só isso não basta. É preciso acelerar a implantação de medidas visando proteger o erário contra novas investidas.
Os tempos são outros. A moralidade reclamada pelo povo está viva no resultado na eleição para prefeito da capital. O prefeito Hildon Chaves tem a obrigação de proteger o dinheiro do contribuinte, extraído de impostos, taxas e contribuições. Não basta, apenas, a determinação que tem revelado, sobretudo em suas aparições midiáticas, mas, acima de tudo, a decisão de rever os quadros de auxiliares mais diretos, sob pena de ser arrastado para o abismo.
O passado já nos custou muito caro. Espera-se que o prefeito chame para si a responsabilidade e comece a administrar o município. Só assim Porto Velho vai mudar para melhor, porque esse é o desejo, senão de todos, mas, certamente, da maioria da população, e porque esse é o compromisso do novo prefeito.
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