Clã Donadon deve eleger novo prefeito de Vilhena sem esforço; Mariana e Expedito ignoram Guedes – e o policial condecorado contra militarização das escolas
Confira ainda: a extrema pobreza cresce no Brasil, e Vinicius Miguel chega com o 'pé na porta e soco na cara'
Rosani chega a Vilhena em prantos / Foto: Folha do Sul Online
Caiu de pé
Rosani Donadon, mesmo deposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sabe que não precisa se preocupar. Embora a ex-prefeita tenha informado sobre sua participação nas eleições suplementares, o que só ocorrerá com novas e descabidas transfigurações hermenêuticas a estraçalhar o já pacificado pelo próprio TSE, está fora. Caiu. Mas caiu de pé...
É óbvio que umas das punições impostas ao político que dá causa à própria cassação é não poder participar das eleições suplementares
Sucessão hereditária
Rondônia tem seus próprios feudos e currais eleitorais dominados por árvores genealógicas e seus indicados. Eduardo Japonês (PV), que conseguiu cassar Rosani, terá de enfrentar alguém indicado pelos Donadon, o clã que, como todos sabem, detém influência política em praticamente todos os rincões do Cone Sul. Resumidamente, o sucessor virá da própria estrutura familiar dos Donadon ou da direção apontada pelo dedo indicador da família.
Comentário ilustra por que os Donadon se perpetuam no Poder / Imagem: Reprodução-Facebook
E a culpa é...
É possível responsabilizar os Donadon, sim, por tudo que fizeram e ainda fazem de ruim na política. Mas quando falamos sobre a participação perpétua do clã no protagonismo eletivo de Rondônia a culpa é de seu eleitorado cego, surdo e mudo; e, não duvido, os mesmos que os elegem a cada dois anos devem fazer proselitismo anticorrupção na internet ou fora dela. Mas só vale para os outros. Já quando eu escolho errado um milhão de vezes, aí já é democracia e meus eleitos, por sua vez, são os injustiçados, inocentes e probos.
Guedes: na conversa fiada, com apoio do PSDB; na prática, com o desrespeito dos bicudos
Foto: Divulgação
O tamanho dos bicos
A deputada federal Mariana Carvalho, do PSDB, é presidente regional do tucanato em Rondônia. Só que o mandatário de fato ainda é o ex-senador Expedito Júnior, detentor da grande maioria em termos de convencionais da legenda. Enquanto os dois batem asas e medem o tamanho dos bicos para ver quem tem o maior, José Guedes, pré-candidato ao governo até agora, pelo menos oficialmente, corre por fora.
Passando por cima
Percebe-se o desrespeito de Mariana e Expedito em relação a Guedes quando ambos se postam como candidatos do PSDB ao Governo de Rondônia, “passando por cima” do fundador nacional do partido. Mariana disse ao jornal Folha do Sul Online que o nome da legenda para encarar o pleito é Expedito Júnior, mas pode disputar o cargo caso o ex-senador não concorra. “Meu nome está à disposição do PSDB”, informou.
Deputada tucana aponta ex-senador como candidato, mas não descarta concorrer a governadora de RO
Sim, não, mas muito pelo contrário
Entende-se, então, que a postura de Mariana é comer pelas beiradas tanto desconversando quanto ao jogar no ar a possibilidade de concorrer ao Palácio Rio Madeira. É como um ciclo vicioso num eterno looping remontado a cada entrevista: “Deputada, a senhora é candidata ao governo?”. “Sim, não, mas muito pelo contrário”. Pobre do Guedes no meio desse bombardeio interno de egos...
Pé na porta, soco na cara
Está imperdível a entrevista com o pré-candidato da Rede ao Governo de Rondônia. Vinicius Miguel falou exclusivamente ao Rondônia Dinâmica e chegou chegando: “...quero dizer que quem fala que não é político está mentindo. É uma desfaçatez. Quando somos consumidores, pagamos tributos, votamos, somos políticos. É mau-caratismo ou ignorância em relação aos fatos uma pessoa que se apresenta assim”, respondeu à pergunta inaugural.
O policial condecorado
O coronel da Polícia Militar de Rondônia (PM/RO) Antônio Matias de Alcântara, hoje na reserva, é uma autoridade condecorada no Estado – e suas qualificações vão muito além dos serviços prestados à segurança pública.
Contra militarização nas escolas
“A autoridade nas instituições de ensino é o professor e não há o que se discutir”, entoa reiteradamente Alcântara – e inclusive o fez em palestra proferida na Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Entretanto, jamais descartou a participação da polícia nas escolas de forma auxiliar e pedagógica prestando força às raízes do educandário.
O sucesso da Guarda Mirim
Alcântara iniciou o projeto da Guarda Mirim quando ainda era major e comandava o 7º Batalhão da Polícia Militar (BPM) de Ariquemes. De lá, conseguiu implementá-lo em Buritis, Cacaulândia, Rio Crespo, Cujubim, no próprio Município de Ariquemes e também em Campo Novo de Rondônia. “Podemos mudar a história deste Estado com essas crianças”, costuma dizer.
E o descaso do poder público
O coronel retornou à cidade de Ariquemes em 2016 para observar de perto como andavam os progressos do trabalho que havia deixado. “Fechado”, relatou à coluna. O poder público, mais uma vez, relegou os avanços à decadência – como sempre.
Piora da pobreza extrema acontece apesar do fim oficial da recessão (Cristiano Mariz/VEJA.com)
Pobreza extrema cresce no Brasil
A versão online da Revista Exame publicou “Pobreza extrema sobe 11% no Brasil e atinge 7% da população”. De acordo com o noticiário, o número de brasileiros em situação de pobreza extrema subiu 11,2% entre 2016 e 2017, passando de 13,34 milhões para 14,83 milhões. Com isso, “a porcentagem de pessoas nesta condição no país pulou de 6,5% para 7,2% de um ano para o outro”. São dados aterradores!
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