Com 630% de aumento nos casos de dengue em Rondônia, confira como prevenir a doença

O alerta acontece na semana em que é celebrado o Dia Nacional de Combate à Dengue, data que busca alertar e conscientizar a população sobre as medidas de prevenção

Assessoria/Pró-Saúde
Publicada em 18 de novembro de 2022 às 16:58
Com 630% de aumento nos casos de dengue em Rondônia, confira como prevenir a doença

De acordo com a Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa), neste ano, até o dia 27 de outubro, foram confirmados 10.381 casos de dengue no Estado, um aumento de 630% em relação ao mesmo período de 2021. No ano passado, foram 1.422 casos confirmados.

Dados do Ministério da Saúde apontam que no Brasil, entre janeiro e outubro deste ano, são mais de 1,3 milhão de casos prováveis de dengue, um aumento de 182% em relação à 2021. A maior taxa de incidência é da região Centro-Oeste, seguida pela Sul, Sudeste, Nordeste e Norte, respectivamente.

O alerta acontece na semana do Dia Nacional de Combate à Dengue, celebrado sempre no penúltimo sábado de novembro (neste ano, 19/11), e que busca conscientizar a população sobre a importância de eliminar os criadouros do mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue e de outras arboviroses, com a Chikungunya e a Zika.

“A data coincide com o período próximo ao início do verão brasileiro, onde há aumento na incidência de chuvas, que colaboram para a proliferação do mosquito e, consequentemente de casos da doença”, destaca Juan Carlos Boado, diretor Técnico do Hospital Bom Pastor. “Em Rondônia, o período de chuvas se concentra entre os meses de outubro e abril. É preciso adotar os cuidados preventivos desde já, para evitar que o número de casos volte a subir”, complementa.

Pertencente à Pró-Saúde, o hospital está localizado em Guajará-Mirim (RO), e atua como referência em obstetrícia, pediatria, ginecologia, clínica médica e cirúrgica, possuindo ainda estrutura voltada especialmente para a assistência à população indígena.

Prevenção

A dengue é uma doença febril aguda causada por vírus transmitidos pela picada do mosquito aedes aegypti, que se reproduz usando a água parada. Para que mosquito possa se proliferar, as fêmeas precisam de um ambiente quente e úmido.

Assim, a principal forma de prevenção da doença é combater o aedes. “Para isso, evite o acúmulo de água em objetos como vasilhas, pratos de plantas, pneus, garrafas, calhas, caixas d’água e cisternas. Uma tampinha de garrafa já é suficiente para a proliferação do mosquito”, alerta Juan.

Por isso, é importante verificar semanalmente a casa e as áreas externas, para retirar qualquer objeto que possa acumular água. “É possível adotar ainda cuidados adicionais com a família, como o uso de relentes, roupas que cubram a maior parte do corpo e uso de telas em janelas e portas”, orienta o profissional.

Atenção aos sintomas

Existem quatro tipos de dengue e três classificações de sua evolução. A progressão da doença é benigna em sua forma clássica, e grave quando há quadros de hemorragia e choque. “Os casos de choque são caracterizados pela insuficiência cardiocirculatória, que impede a circulação do sangue acumulando o fluido nas extremidades do corpo, pulmão ou outros tecidos”, ressalta o médico.

Nos casos de dengue hemorrágica, a evolução do quadro é rápida, podendo apresentar sinais de choque. Após a febre, surgem os sinais de alerta como hemorragia, manchas vermelhas na pele, vômitos persistentes, sangramentos (pelo nariz, boca e gengivas) e dificuldade respiratória.

Os principais sintomas são:

•         Febre alta com início súbito (39° a 40°);

•         Agitação;

•         Dor atrás dos olhos ;

•         Forte dor de cabeça;

•         Perda do paladar e apetite;

•         Cansaço extremo;

•         Náuseas e vômitos persistentes;

•         Dor nos ossos e articulações;

•         Dor abdominal.

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