Com apoio de Palitot fanfarra compete em Guajará
Incentivar expressões culturais que valorizem o patriotismo este é o compromisso do vereador Professor Aleks Palitot.
O vereador Professor Aleks Palitot, defensor e incentivador do retorno dos concursos de bandas marciais e fanfarras nas escolas públicas, prestigiou ensaio dos alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Castelo Branco que competiram neste sábado (9) no 5º Festival de Bandas e Fanfarras de Guajará Mirim.
De acordo com o vereador, a música auxilia a desenvolver as relações pessoais, sociais e educacionais. “Por acreditar nos benefícios cívicos e musicais que a atividade proporciona aos alunos busca fomentar este tipo de manifestação cultural”, declarou durante a visita.
Na semana em que se comemorou a Independência do Brasil, as fanfarras representam uma importante ponte entre os alunos e a valorização da história através dos hinos e emblemas como as bandeiras e estandartes.
“Sou da época em que se sabiam os hinos decorados, o nacional, do estado e do município e hoje em dia você não vê mais isso, você pergunta pra um menino se ele sabe cantar e ele não sabe. Para nós como educadores e patriotas é muito tristes ver uma criança dessa que não sabe sequer qual a bandeira do seu estado. É triste também como nossas autoridades não dão valor para isso”, conta o regente Claudemir Aragão, o Buzuga.
Início
A Fanfarra do Castelo Branco (Fancab) foi criada em 1975, o primeiro concurso de bandas e fanfarras do município de Porto Velho, a escola campeã foi a Castelo Branco, conta Buzuga. “Por falta de incentivo passamos um tempo sem haver concurso e agora a primeira dificuldade em retomar o projeto foi os instrumentos que com o passar do tempo sumiram, tanto os instrumentos como os uniformes”, expõe o regente.
Buzuga trabalha há muito tempo na escola Castelo Branco, se afastou durante um período por um problema de Saúde, mas retomou suas atividades em 2009. “Como eu já tinha alguns vim com os instrumentos e outros tomamos emprestados pra poder formar a corporação musical, essa formação é recente e a grande maioria está no primeiro ano”, relata.
Para o regente o jovem atualmente parece não gostar muito de música, ao mesmo tempo que tem um interesse maior em redes sociais e mesmo encontrar apoiadores é algo difícil, pois não há o reconhecimento das autoridades, lamenta.
Fanfarra
A Fancab possui atualmente 50 componentes e mais 25 meninas na comissão de frente. Para a competição em Guajará, por falta de recurso irão os músicos e mais sete meninas que representam o brasão e a bandeira.
“Para o festival a expectativa é que seja feita uma excelente apresentação caso não dê para pegar uma premiação” conta Buzuga. O evento em Guajará é um campeonato em nível estadual muito disputado e com alto desempenho, com mais de vinte corporações de todo o Estado e do Acre também. Sensibilizado com a situação dos alunos o vereador Professor Aleks Palitot fez uma doação em dinheiro para auxiliar nas despesas com a viagem.
Disciplina
O professor Paulo Manoel da Silva Neto, conhecido como Cibalena, um dos regentes da fanfarra conta que o trabalho a frente da fanfarra segue um estilo militar onde impera a disciplina. Os alunos interessados em integrar a equipe passam por seleção e são divididos entre os instrumentos que a fanfarra possui.
São ensinados movimentos básicos de marcha como seguir em frente, virar esquerda, direita e meia volta, acrescido de valores como postura, ética, respeito com os colegas, com o próximo e com o adversário. “Nosso trabalho é esse, manter a ordem a disciplina e ensinar a sequência musical da fanfarra”, conta Cibalena.
“São 17 repiques para as apresentações e nossa expectativa para este concurso em Guajará é que possamos fazer uma boa apresentação. A fanfarra está bem ensaiada. Embora todos os alunos sejam iniciados em 2017 eles estão trabalhando já há seis meses e no próximo sábado teremos um concurso em Candeias do Jamari e gostaríamos muito que nosso vereador Aleks Palitot se fizesse presente para prestigiar”, afirma o regente.
Segundo Cibalena, o vereador conhece a batalha, como funciona o movimento de bandas e fanfarras na capital. A sua mãe, professora e diretora Helena Nina foi uma das grandes incentivadoras do movimento de bandas e fanfarras dentro do município de Porto Velho e que vestia a camisa do movimento.
“Esse projeto é algo grandioso, pois tem continuidade ano a ano e o nosso maior entrave é a falta de interesse político. Se tem vontade podemos desenvolver qualquer tipo de projeto. Sabemos da dificuldade que tem o nosso vereador, o Professor Aleks Palitot, pois não tem recurso de emendas, mas ainda assim tem envidado esforços para nos ajudar no que tem sido possível”, afirma Cibalena.
Perspectiva
Alef Araújo após a separação dos seus pais conheceu um regente no município de Manoel Urbano no Acre onde aprendeu a tocar caixa na fanfarra. Segundo o jovem a música move montanhas e foi a maior responsável por livrá-lo do mundo das drogas e criminalidade em um período em que estava suscetível a más influencias. “Poucos jovens tem a oportunidade de conhecer a música, hoje a grande maioria se interessa apenas por coisas sem valor na internet”, afirma.
Rebeca Castro, 17 anos cursa o terceiro ano e iniciou na fanfarra em 2013 por convite dos amigos. Sua mãe também participou da fanfarra e foi uma grande incentivadora, pois foi uma experiência boa pra ela à época, relata Rebeca. “São cinco anos na fanfarra, já toquei caixa e prato. Tenho ótimas lembranças e a mais impactante foi o segundo lugar em 2013 quando o professor Claudemir estava na UTI e nós conquistamos o vice campeonato em Candeias e oferecemos para ele”.
“Em 2012, os professores estavam reiniciando o projeto e eu entrei na Fanfarra. Para esta viagem a minha expectativa é a melhor possível, pois em todo caso já estaremos adquirindo experiência”. Dentre os benefícios apontados pelo, integrantes, Alexandre Victor é enfático ao apontar a disciplina como o maior ganho.
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