Com mentiras e defesa de interesses, perdemos 1 bilhão de impostos ao ano

"Mentiram e mentem sobre o desmatamento da Amazônia", afirma o jornalista Sérgio Pires em sua coluna "Opinião de Primeira"

Sergio Pires
Publicada em 24 de julho de 2019 às 08:59
Com  mentiras e defesa de interesses, perdemos 1 bilhão de impostos ao ano

A reação continua violenta! Ambientalistas de ar condicionado, que jamais pisaram num garimpo; que não conhecem a realidade dos índios que morrem de fome e de falta do mínimo de condições de saúde; que ignoram as crianças indígenas sem futuro, porque o importante é defender ideologias e não pessoas, estão numa virulenta campanha contra o bom senso e os grandes interesses nacionais. Preferem que os contrabandistas continuem agindo em várias regiões, como na Reserva Roosevelt, dos Cinta Larga, onde há a maior mina de diamantes do país. Optam para que levem, de graça , tudo o que é nosso, fazendo com que o país perca mais ou menos 1 bilhão de reais por ano só em impostos, para manterem o discurso de “defesa da Amazônia e dos povos indígenas”.

Durante os governos petistas, quando  os mesmos amantes das teorias que nunca deram certo em lugar nenhum, alardeavam que nossa floresta pertence ao mundo, não a nós brasileiros, a roubalheira das nossas riquezas chegou a patamares obscenos, embora nossas autoridades continuassem jurando que nada nos estava sendo tirado. Mesmo que, seguidamente, dezenas, senão centenas de pedras preciosas contrabandeadas tenham sido apreendidas. Outras milhares passaram pela fiscalização e foram levadas embora. Nós não ganhamos um só centavo.

Os mesmos defensores da quadrilha de Lula e seus asseclas e dos partidos que se associaram no crime, para assaltar o país, continuam fazendo de conta que sua ideologia não foi derrotada nas urnas e que eles, os perdedores, continuam ditando as regras de como nossa Nação deve caminhar. Mentiram e mentem sobre o desmatamento da Amazônia. Mentiram e mentem sobre a dilapidação de nossas riquezas minerais. Mentiram e mentem quando dizem que se o Estado controlar os garimpos, fiscalizá-lo e fazer o controle total do que é retirado deles, será ruim para o Brasil.

Certamente será ruim para eles e seus patrões estrangeiros.  Para nossos índios e para nosso país, será um grande avanço. O bom senso indica que as riquezas de uma Nação devem ser usadas em benefício do seu povo. No caso dos diamantes, do ouro e de tantos outros minérios que temos em profusão, por que não podemos ter acesso a uma vida melhor que tudo isso pode nos proporcionar? Por que temos que ficar nas mãos de meia dúzia de “donos” da Amazônia, que, abraçados aos grandes interesses internacionais, acham que a vergonhosa situação atual é que é a certa? Os derrotados nas urnas não se conformam. Mas, no final, certamente a verdade prevalecerá e eles terão que colocar o rabo entre as pernas, enquanto o Brasil continuará crescendo, Que vá para o inferno, essa gente que coloca o nosso país em segundo plano. Vade Retro, mentirosos!

BOLSONARO RECEBE RONDONIENSES

O deputado federal do PSL, Coronel Chrisóstomo, tem mesmo prestígio com o Planalto. Menos de 48 horas depois de pedir uma audiência com o presidente  Jair Bolsonaro, para um grupo de empresários rondonienses, ela foi autorizada e agendada. A pauta principal está relacionada com a instalação e dois portos internacionais com a fronteira da Bolívia, uma em Costa Marques e outra em Guajará Mirim. 

 As duas obras fazem parte também de um pedido direto do presidente boliviano Evo Morales, que pediu a Bolsonaro a solução do caso, para facilitar e ampliar o comércio entre a região fronteiriça e os produtores rondonienses. Outros temas relacionados a problemas do agronegócio de Rondônia também serão tratados. A comitiva do nosso Estado está sendo organizada pelo empresário César Cassol, de Rolim de Moura e um dos maiores investidores na Bolívia e Francisco Holanda, líder empresarial de  Porto Velho. A audiência está marcada para o próximo dia 30, terça-feira da semana que vem, às 10 horas da manhã.

EMPRESÁRIOS E POLÍTICOS NA COMITIVA

Alguns dos nomes que vão compor o grupo de empresários e políticos que estarão com o Presidente da República, além de César e Holanda: o vice governador Zé Jodan; Oberdan Pandolfi Ermita, presidente do Banco Sicoob; o prefeito de Jaru, João Gonçalves Júnior; Euflávio Odilon Ribeiro, da Industria de Bicicletas Cairu, uma das maiores do país: empresário e pecuarista Jaime Bagatolli de Vilhena; Amadeu Hermes Cruz, presidente do Sociedade de Portos;  empresário e ruralista Adélio Barofaldi. Também estão na relação: Salatiel Rodrigues de Souza, Celso Ceccato, Dario Lopes, Adenilson Magalhães, Pedro Rack Filho, José Airton Aguiar de Castro, Expedito Moura Carvalho, Rodrigo  Luciano Nestor, Tania Zanela e Fábio Camilo. O governador Marcos Rocha não participará da comitiva, já que estará cumprindo outros compromissos. O Estado será representado por Zé Jodan, com quem ficou a missão de coordenar ações na área empresarial.

LAERTE QUER ANEL PRONTO

“Já está na hora!”  A frase de um dos mais importantes representantes de Ji-Paraná, o deputado e presidente da Assembleia Legislativa, Laerte Gomes, sintetiza a preocupação de todos com a enorme demora para a entrega definitiva das obras, concluídas e com todos os detalhes edificados, do Anel Viário da cidade. Para Laerte, o tempo em que a obra levou para ser construída (e até hoje não foi inaugurada), é um absurdo exagero. Para ele, além de consertos na pista, mesmo num asfalto novo, é necessária concluir toda a sinalização do Anel, mas principalmente os acessos que o ligam a BR 364. “Sem a conclusão dos acessos, devidamente sinalizados e com toda a estrutura necessária, há riscos enormes de acidentes.

Por isso, é vital que todo o projeto seja concluído imediatamente, porque a população não pode ficar, durante tantos anos, à mercê dos perigos que representa trafegar tanto da BR para o Anel Viário quanto no sentido contrário”. O DER está fazendo uma operação de conserto de trechos do asfalto deteriorado, mas não há previsão pra a conclusão dos acessos e para a implantação de toda a estrutura de sinalização nos quase 14 quilômetros do Anel Viário.

TEM PREFERIDO EM VILHENA

Jaime Bagatolli vem aí!. O candidato dos 212 mil votos ao Senado, uma das maiores surpresas da última eleição; o que por pouco mais de 30 mil votos não tirou o mandato do duas vezes Governador Confúcio Moura, está sendo cotado para disputar a Prefeitura de Vilhena. Cada vez que o nome dele aparece em qualquer pesquisa (e várias já apareceram na cidade), Bagatolli aparece bem a frente de qualquer outro candidato, incluindo nomes da família Donadon, que dominam a política na cidade há muitos anos.

O atual prefeito Eduardo Japonês, que ganhou uma eleição suplementar (com o apoio de uma das maiores lideranças do Cone Sul, o deputado Luizinho Goebel) está fazendo um bom mandato. Pode concorrer à reeleição. Mas, ao menos até agora, não se mostrou páreo, nas pesquisas,  para o grande empresário do PSL. Aliás, Jaime Bagatolli ainda é do PSL, mesmo depois do rompimento político com o governador Marcos Rocha e o grupo governista. Também está contra o grupo palaciano, outro político que se elegeu no “foguete” Bolsonaro. O deputado federal Coronel Chrisóstomo é “jaimista”, mas não é “rochista”. Já avisou que se Jaime Bagatolli for candidato em Vilhena, terá todo seu apoio. Mesmo que ele não for o nome apoiado pelo Palácio Rio Madeira/CPA. Racha à vista?

PEDIDOS EXAGERADOS?

Claro que ninguém confirma nada, até porque essas coisas na política, mais à frente, podem se acomodar e tudo o que foi dito agora não será mais lembrado, em nome da boa convivência. O que se sabe é que tanto Jaime Bagatolli quanto Chrísóstomo teriam ido com muita sede ao pote, exigindo uma série de cargos no governo para indicados seus. Bagatolli teria exigido pelo menos duas secretarias de “portaria fechada”, uma delas a da Agricultura, onde comanda seu conterrâneo Evandro Padovani.

Já o deputado federal eleito pela sigla teria exigido tantas nomeações que elas poderiam passar de pelo menos uma centena e meia, embora pelo menos duas fontes das entranhas do governo tenham falado em “mais de 200”. Claro que esse assunto nunca é tratado publicamente. Os dois lados permitem vazamentos, um dizendo que é real, outro desmentindo, mas ninguém fala abertamente se há alguma verdade ou não. O que se sabe, concretamente, é que duas alas importantes do partido estão tão distantes quanto o Sol da Lua. Será que se reaproximarão?

A REAÇÃO CONTRA O CRIME

Em plena luz do dia, dois canalhas tentaram assaltar um taxista na zona sul.  A vítima conseguiu escapar dos bandidos, saiu correndo e pedindo socorro. Várias pessoas começaram a correr atrás da dupla de criminosos. Alcançados, ambos levaram tremenda surra da plebe rude. A tal ponto que um deles acabou no hospital, depois de  ser surrado e escapar do linchamento graças à intervenção da  Polícia Militar, que apareceu depois que houve a reação do grupo de agressores. Tais eventos estão se repetindo com grande frequência, não só em Porto Velho, mas também em inúmeras cidades do país. Por aqui, como é raro de ver polícia nas ruas, os assaltos estão se multiplicando. E em pleno dia.

Os vagabundos atacam nas paradas de ônibus, nas ruas, próximo a lojas, na saída das escolas. Não escolhem local e nem hora para atacar. Centenas de celulares foram assim roubados, nos últimos meses. Refém do medo, a população não perde oportunidade para colocar a mão nos bandidos e surrá-los com grandes violência. Como a polícia não está por perto, a turba ataca mesmo e parte com tudo para cima dos criminosos. Vários deles foram salvos de serem mortos pela ação da PM,  que aparece sempre a tempo de impedir que os ladrões sejam chacinados.  Imagine-se se o uso de armas for mesmo liberado. As reações serão, sem dúvida, mortais. A bala vai comer, porque o povo vai reagir.

PERGUNTINHA

Não deu vergonha aos rondonienses em ver nossa Porto Velho aparecendo tão negativamente na mídia nacional, como a Capital que tem o pior saneamento básico do país?

Comentários

  • 1
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    Pedro Paulo Almodovar 25/07/2019

    Senhor Sérgio Pires: O senhor somente consegue vislumbrar o lucro dos depredadores, e usa a questão dos impostos para justificar sua cega e acéfala gana pela destruição da natureza. Você apóia seus conterrâneos que vem do centro-sul do país, enriquecem roubando nossa madeira (retirada de reservas naturais e áreas indígenas), e depois retornam para sua terra - ricos - , deixando para trás um rastro de destruição e morte da natureza. Você, Sérgio, é uma vergonha para o jornalismo, um péssimo exemplo para a educação de nossa juventude, e um puxa-saco nojento dos destruidores da natureza.

  • 2
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    Wagner Pires 24/07/2019

    Parabéns pela matéria! Os índios brasileiros ficarão ricos, quando a exploração de diamantes e outras riquezas minerais forem oficializadas e esses indígenas passarem a receber uma fortuna em royalties. Perdem os índios em royalties, perdemos todos nós brasileiros sem impostos. Só os débeis mentais não enxergam isso.

  • 3
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    José Pinto da Silva 24/07/2019

    Não quero discutir o mérito da notícia sobre o desmatamento da Amazônia. Entretanto, não sei como contestar a veracidade de fotografias do desmatamento, obtidas por intermédio de satélites de alta precisão.

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