Começam neste domingo, 9, as provas do Enem para mais de 700 pessoas privadas de liberdade em Rondônia

A ação reunirá cerca de 30 unidades prisionais participantes, com 722 internos inscritos nesta edição do Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade

Jackson Vicente Fotos: Taiana Mendonça Secom - Governo de Rondônia
Publicada em 08 de janeiro de 2022 às 09:18
Começam neste domingo, 9, as provas do Enem para mais de 700 pessoas privadas de liberdade em Rondônia

O Enem para Pessoas Privadas de Liberdade é aplicado nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal de forma simultânea

Nos dias 9 e 16 de janeiro, será realizado o Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL 2021), em Rondônia. De acordo com a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), a ação que contribui como medida de ressocialização aplicada pelo Governo de Rondônia, reunirá cerca de 30 unidades prisionais do Estado participantes, com 722 internos já inscritos nesta edição.

No primeiro dia da prova (9/01), os participantes terão cinco horas e 30 minutos para a realização dos exames que abordarão sobre: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Redação e Ciências Humanas e suas Tecnologias; já no dia 16 de janeiro, serão aplicadas as provas de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias. Os exames serão feitos na própria unidade prisional, e todos os protocolos sanitários devem ser seguidos para conter a propagação da covid-19.

Como todos os anos, o Enem PPL é aplicado nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal de forma simultânea, acontecendo sempre após o Enem Regular. Segundo o Governo Federal, no total, mais de 54,2 mil pessoas privadas de liberdade participarão desta edição em todo o Brasil. Além das unidades prisionais, o Exame será repassado para adolescentes que cumprem medidas socioeducativas por meio das unidades da Fundação Estadual de Atendimento Socioeducativo (Fease); 55 adolescentes prestarão ao Enem a partir deste domingo.

O titular da Gerência de Reinserção Social da Sejus, Fábio Recalde, destaca que a oportunidade reforça as leis de acesso à educação, reiterando um direito de todos. “O estudo é uma ferramenta de suma importância para que ocorra o processo de ressocialização do indivíduo preso, pois dá a chance para que ocorra uma mudança de comportamento. Eles se sentem mais valorizados como pessoa e com os conhecimentos adquiridos terão mais garantia de conseguir um trabalho digno na sociedade, não retornando à criminalidade”.

Já, o chefe do Núcleo de Educação e Capacitação ao Apenado, Flávio Mendes, diz que: “com a aplicabilidade do Exame Nacional do Ensino Médio, acredita-se que o reeducado terá a possibilidade de ter uma melhor condição de retorno à vida social, uma vez que a Educação é capaz de transformar o indivíduo”.

Comentários

    Seja o primeiro a comentar

Envie seu Comentário

 
NetBet

Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook