Comissão rejeita projeto que impede classificação de movimentos sociais como organizações criminosas
Medida é desnecessária para quem respeita a lei, diz relator
Deputado Delegado Éder Mauro, que apresentou relatório pedindo a rejeição da proposta
A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado rejeitou na terça-feira (20) o Projeto de Lei 5917/16, que exclui os movimentos sociais, políticos, sindicais, religiosos, de classe ou de categoria profissional da eventual classificação como organização criminosa.
O relator, deputado Delegado Éder Mauro (PSD-PA), recomendou a rejeição. “O dispositivo será absolutamente desnecessário para movimentos sociais legal e legitimamente constituídos, que têm ações e reivindicações pautadas nos termos do que a lei não proíbe, de condutas que não são criminosas”, disse.
Manifestações e protestos
A proposta determina que a Lei de Combate ao Crime Organizado não será aplicada à conduta individual ou coletiva de pessoas em manifestações com propósitos sociais ou reivindicatórios com objetivo de contestar, criticar, protestar ou apoiar direitos, garantias e liberdades constitucionais.
“O processo de criminalização dos movimentos sociais é recorrente junto a operadores do Direito, que confundem suas próprias ideologias com conceitos que deveriam ser técnicos de subsunção de tipicidade legal”, argumentam os autores, o deputado Patrus Ananias (PT-MG) e outros seis parlamentares, no texto que acompanha o projeto.
Tramitação
O projeto ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois seguirá para o Plenário.
Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei
Depois de MP caducar, Senado aprecia projeto de regularização fundiária
Senador Irajá apresentou como projeto de lei texto de seu relatório sobre MP
Senado pode votar diretrizes para retorno às aulas presenciais
Escola pública em Manaus: projeto aprovado na Câmara define ensino básico como atividade essencial
RO: Cúpula do Clima faz deputados aprovarem às pressas projeto que regulariza invasões em Unidades de Conservação
De iniciativa do governador bolsonarista Marcos Rocha (sem partido), o projeto previa alterar os limites da Reserva Extrativista Jaci-Paraná e do Parque Estadual de Guajará-Mirim
Comentários
Seja o primeiro a comentar
Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook