Como está o desemprego no Brasil?
Dados não são otimistas, mas há esperança de qualificação para quem busca emprego
A taxa média de desemprego no Brasil em 2021 foi de 13,2%, contra 13,8% em 2020, segundo dados do IBGE. No entanto, essa taxa é muito maior entre o grupo mais jovem da população.
Embora a taxa de desemprego seja historicamente mais alta entre os jovens, o número segue em um patamar bastante elevado. De fato, o desemprego entre as pessoas de 18 a 24 anos está acima de 20%, nível que permanece alto desde 2016.
Felizmente, a digitalização da economia também permitiu que os jovens possam buscar carreiras sem sair de casa. Portanto, veja como se qualificar para entrar no mercado de trabalho ou até como ganhar dinheiro em casa.
O problema do desemprego
No final de abril, a agência de classificação de risco Austin Rating elaborou uma projeção das taxas de desemprego do Brasil em 2022. De acordo com a agência, a perspectiva é de que haja um novo aumento este ano.
O ranking inclui projeções do Fundo Monetário Internacional e abrange 102 países. Nessa lista, o Brasil aparece com a 9ª pior estimativa de desemprego no ano, com 13,7%, ou seja, um percentual levemente abaixo da taxa registrada em 2020.
Para piorar o cenário, a taxa brasileira é quase a média global prevista para o ano (7,7%), bem maior que a taxa dos emergentes (8,7%). Na comparação com os países do G20, o Brasil só fica atrás da África do Sul (35,2%).
A título de comparação, a taxa de desemprego foi de 11,9% em 2019, último ano antes da pandemia. Atualmente, há 12,1 milhões de cidadãos sem emprego no Brasil, isto é, houve uma redução em números absolutos, mas um aumento percentual.
Pandemia e trabalhos alternativos
Grande parte do aumento no número de desempregados foi causado pela pandemia de covid-19. Os surtos da doença levaram ao fechamento de várias empresas, sobretudo de pequenos negócios.
Contudo, essas empresas respondem por 76% dos empregos gerados no Brasil, segundo pesquisa do Sebrae em 2021. Logo, o fechamento dessas micro e pequenas empresas tende a reduzir a oferta de empregos no país.
O resultado dessa falta de perspectiva de trabalhos é a migração para meios de trabalho alternativos, como os populares bicos. Cerca de 81% dos desempregados atuais sobrevive desse tipo de trabalho, cuja regularidade e proteção trabalhista são mais frágeis.
São 3,7 milhões de pessoas que não conseguem emprego há mais de dois anos, o que representa 26% dos desocupados (em 2015, era 17%). A maioria esmagadora (81%) são das classes D e E, o que mostra uma grande clivagem social em termos de oportunidades de trabalho.
“A participação dos mais pobres no desemprego de longo prazo é superior à participação desses próprios domicílios na pirâmide social (65,7% conforme a PNAD)”, diz o economista Lucas Assis, responsável pelo levantamento.
Como se qualificar para o mercado?
Mesmo com o cenário desolador, ainda há esperança para quem deseja obter uma qualificação mínima para se candidatar a um emprego. O leque de oportunidades também aumentou, sobretudo com a regularização do home office.
De acordo com uma pesquisa da empresa de consultoria Tendencias Digitales, 66% dos consumidores digitais latino-americanos estavam trabalhando de forma remota no primeiro semestre de 2021. Isso é 19 pontos percentuais acima do levantamento anterior, feito em maio de 2020, que mostrava 47%.
Ou seja, enquanto alguns mercados seguem enfraquecidos, em outros a demanda está bastante elevada. E, em muitos casos, há uma falta de profissionais qualificados para exercer essas funções.
Portanto, veja agora quais áreas e formações podem ser feitas em casa e lhe garantir uma vaga no mercado de trabalho.
Motorista de aplicativo
Se você está desempregado, mas tem um carro, ele é uma potencial fonte de renda extra. Você pode utilizá-lo para transportar pessoas através de aplicativos, como Uber e 99, por exemplo.
O cadastro nesses aplicativos costuma ser simples, e os ganhos variam conforme a jornada de trabalho. A grande vantagem é que você pode estabelecer quanto tempo quer trabalhar e o quanto deseja fazer de dinheiro todo mês.
Essa modalidade faz um sucesso relativo no Brasil, a ponto de que 1,4 milhão de trabalhadores já retiram sua renda fazendo entregas ou corridas por aplicativo.
Marketing digital
O marketing digital inclui todos os canais e métodos de marketing que podem ser usados para promover produtos ou serviços na Internet. Portanto, é uma função que pode ser exercida de qualquer lugar apenas por meio do computador.
Existem diversos cursos preparatórios de marketing digital no mercado e muitos deles são gratuitos. Já o salário pode variar entre R$ 4.180 até R$ 7.350 por mês.
Redator de conteúdo web
Este profissional cuida da produção de diferentes formatos de textos para sites, blogs e outros canais virtuais. O trabalho, bem como a formação na área, também podem ser realizados de casa.
De acordo com o site Vagas, um redator de conteúdo iniciante pode ganhar de R$ 1.431 a R$ 2.706. Algumas vagas, no entanto, oferecem valores maiores, conforme a experiência do usuário.
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