Como um médico deve abordar um dependente químico?

A relação entre médico e dependente químico tem influência direta para o sucesso do tratamento. Uma abordagem adequada pode gerar resultados positivos

Redação
Publicada em 22 de julho de 2021 às 15:58
Como um médico deve abordar um dependente químico?

A dependência química é, basicamente, a forma de relação que um indivíduo apresenta com as drogas.  O desenvolvimento da doença ocorre quando há comportamentos impulsivos para minimizar sensações da vida. Grande parte dos usuários de substâncias químicas, portanto, não admite serem dependentes.

Para o dependente, a linha é tênue entre não querer mais consumir, mas também não entender como viver se a droga. Naturalmente, o comportamento dele se altera, causando impactos negativos na própria rotina e para as pessoas ao redor. Após um tempo, o uso constante de substâncias químicas favorece o aparecimento de diversas sequelas, e ainda pode ser fatal.

Diante da crítica situação, familiares e amigos buscam por uma assessoria médica, a fim de cessar o transtorno. Portanto, os médicos e outros profissionais da saúde ganham uma missão complexa e desafiadora. O tratamento para dependente químico deve ser feito com todo o cuidado.

Tratamento e reabilitação

Existem muitos programas de tratamento e recuperação associados ao uso de substâncias químicas. Os procedimentos considerados apoiam-se em qual droga é a causadora da doença. Internação ou tratamento ambulatorial, desintoxicação e acompanhamento de longo prazo são sistemas de cuidados bem utilizados.

Busca por ajuda médica

A ajuda médica significa oferecer o tratamento adequado para o tipo de vício. O médico, no que lhe concerne, pode propor o uso de medicamentos e encaminhar o dependente para uma clínica de reabilitação. Comumente, o tratamento é feito por uma equipe multidisciplinar, com médicos, enfermeiros, psicólogos e outros especialistas.

O papel da família, bem como dos amigos, é proporcionar companhia durante o processo. Assim, a pessoa percebe que não está sozinha. Principalmente, porque é comum ter uma recaída, gerando frustração e sentimento de derrota. Agir com naturalidade é essencial.

A equipe médica deve usar palavras de apoio e motivação

Quanto aos médicos, há formas de abordagem que acarretam respostas positivas por parte do paciente. Nesse caso, o uso adequado de palavras é fundamental. Termos negativos e de xingamento podem causar o efeito contrário, afetando a convivência. Ademais, em todo o relacionamento com o dependente, o médico deve proferir palavras de incentivo, de apoio. A saúde deve ser prioridade.

É possível ter uma conversa amigável, confiante e próxima. Essa estratégia faz com que o dependente químico, veja no médico, um suporte na tentativa de buscar o tratamento.

Relação sem preconceitos e acusações

Como já dissemos, o vínculo entre o profissional da saúde e o usuário de drogas é um pilar importante para o tratamento. Em grande parte das vezes, o indivíduo encontra-se em fase pré-contemplativa, principalmente na internação involuntária. Pré-contemplativa é quando ele não se sente com um problema relacionado diretamente ao consumo de substâncias químicas.

Sendo assim, a abordagem média tem que prezar por questionamentos abertos, isentos de preconceitos e acusações. Com o conhecimento absorvido sobre técnicas motivacionais, é viável permitir que a pessoa pense sobre sua situação e condição. Afinal, os principais obstáculos em uma relação clínico-paciente, por parte dos usuários, são o medo e o distanciamento.

Por fim, fica claro que a relação entre um médico e um dependente químico influencia fortemente para o sucesso do tratamento. Em uma clínica de reabilitação masculina ou feminina, as atenções devem estar voltadas para as condições psíquicas dos usuários. Pois, a confiança, proximidade e ausência de preconceito instituem entre eles um interesse maior para superar os desafios.

Dessa forma, os pacientes devem ser motivados e centrados em seu propósito. A superação da dependência química demanda a combinação de diferentes intervenções, como bom vínculo.

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