Como uma decisão do presidente Bolsonaro pode causar grande prejuízo à economia de Rondônia

O governo brasileiro – e também o de Rondônia - já receberam avisos prévios de representantes de pelo menos cinco países que não aceitam as políticas pró Israel

Sergio Pires
Publicada em 07 de novembro de 2018 às 09:47
Como uma decisão do presidente Bolsonaro pode causar grande prejuízo à economia de Rondônia

Uma decisão  anunciada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, pode ser extremamente desastrosa para a economia de Rondônia. Isso mesmo! Ao apoiar a causa de Israel contra a posição dos palestinos e todos os demais inimigos dos judeus do mundo árabe, como por exemplo, a transferência da embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, o Presidente mexe num abelheiro. Essa medida é contestada com veemência pelos inimigos de Israel, mas ao que tudo indica, a decisão do novo presidente brasileiro já estaria tomada. A aproximação do Brasil com Israel e se distanciando dos árabes, seguindo a política dos Estados Unidos, pode afetar Rondônia de que maneira? Nas nossas exportações de carne. O governo brasileiro – e também o de Rondônia - já receberam avisos prévios de representantes de pelo menos cinco países que não aceitam as políticas pró Israel, de que interromperão a compra da nossa carne, caso se concretizem os planos anunciados por nosso futuro governante. A carne brasileira (com destaque para a nossa de Rondônia, considerada uma das de melhor qualidade em todo o mundo), entrou em países árabes depois de longas e cansativas negociações, inclusive por motivos religiosos, já que os animais têm que ser abatidos num ritual diferenciado, em que não sofram, uma das muitas exigências dos nossos compradores. Egito, Arábia Saudita, Síria, Líbano e outros países que negociam com o Brasil, podem simplesmente fechar suas portas às nossas exportações. Para Rondônia, seria um confronto catastrófico, na medida em que perderia grande fatia do mercado internacional que conquistou a duras penas. Quase 5,5 por cento de todas as exportações de carnes do país (e um percentual muito significativo do produto de Rondônia), é exportado para esse rico mercado internacional.

A primeira retaliação já veio essa semana, do Egito. O governo daquele país cancelou, de forma unilateral, uma visita programada há muito tempo pelo chanceler brasileiro, Aluysio Nunes Ferreira. E não agendou nova data, o que não é comum nas relações entre dois países amigos. Na pauta da visita de Aluysio Nunes, estava também importantes questões de negócios, incluindo a da nossa carne. Por isso, o caso pode piorar muito as relações do Brasil com os árabes. Jerusalém é ainda um território em disputa entre Israel e a Autoridade Palestina. A ideia é que, se um dia for criado um Estado palestino na região, inclusive com acordo já definido pela ONU, a cidade histórica seria capital de ambos os países. Os dois povos a reivindicam como território ancestral. Apenas os Estados Unidos e a Guatemala têm embaixadas em Jerusalém. O Brasil, caso se concretize o projeto de Bolsonaro, seria o terceiro país a tomar essa decisão e o primeiro da América Latina. Rondônia, no meio deste confronto ideológico mundial, pode sair no prejuízo. Torçamos para que as coisas não cheguem a esse ponto!

PEDIDO A MARCOS ROCHA

Ainda dentro do mesmo assunto: há informações de que um grupo de pecuaristas, preocupado com a possibilidade de perder o rico mercado árabe para nossa carne, estaria planejando uma reunião com o governador eleito, Marcos Rocha, para tratar do assunto. Rocha tem grande proximidade com o Presidente que assume em 1º de janeiro do ano que vem e poderia expor a ele a complexa situação de Rondônia, ante a crise que pode se instalar. Não há mais detalhes sobre o assunto. O que se sabe, contudo, é que, embora não tenha falado publicamente sobre o assunto, o novo Governador rondoniense fecha com seu Presidente também em relação às causas internacionais. Israel passaria a ser um importante aliado do Brasil, em detrimento do mercado árabe. Claro que é apenas ilação, porque o Coronel do PSL vai ouvir muitos apelos dos empresários do agronegócio, para que tente convencer Bolsonaro de que, nesse momento, é vital que o mercado de vários países que hoje são nossos parceiros comerciais, continuem comprando nossos produtos. A coluna tentou contato com o Governador eleito, para que ele comentasse o assunto, mas não houve retorno.  

MAIS DE 2 TRILHÕES EM IMPOSTOS

Daria para construir mais de 11 milhões e 100 mil apartamentos médios de dois quartos. Daria para comprar perto de 50 milhões de carros populares. Mais ou menos 25 bilhões de cestas básicas. Em onze meses, o brasileiro já pagou 2 trilhões de reais. Veja só em números: 2.000.000.000.000 ou seja, o número dois seguido de 12 zeros. Os valores foram atingidos em 2018, um mês antes do que o foi no ano passado. Então, pagamos ainda mais tributos nesse ano do que em 2017. Onde foi investida toda essa grana, se o déficit público é ainda superior a 100 milhões de reais? Essa é a pergunta que não quer calar. O país piorou; a economia está em decadência; temos ainda 13 milhões e meio de desempregados; milhares de empresas fecharam suas portas. Mas a obesidade mórbida do Governo continua degustando grande parte do nosso dinheiro, Os milhões de brasileiros que trabalham duro, o fazem cinco meses por ano só para pagar impostos, para sustentar uma máquina cada vez mais inchada e cada vez mais ineficiente. Quando terminar o ano, a arrecadação de impostos no país deve superar os 2 trilhões e 388 milhões de reais Os otários continuam pagando os maiores impostos do mundo e recebendo em troca alguns dos piores serviços do mundo.

IDEOLOGIA E APARELHAMENTO

Os protestos se avolumaram em todo o país. Em Rondônia, o deputado federal e senador eleito Marcos Rogério, do DEM, usou as redes sociais para registrar veemente contestação contra o fato do exame do Enem, na prova de domingo, ter utilizado uma questão que exigia dos estudantes conhecimentos sobre o “dialeto secreto” de gays e travestis. O neo senador, certamente, falou em nome da grande maioria dos rondonienses e se uniu aos protestos feitos em todo o país, do domínio da ideologia em uma prova oficial, que dá aos estudantes aprovados o acesso à Universidade pública. “Isso é um desrespeito com nossos estudantes”, afirmou  Marcos Rogério, acrescentando que “uma coisa é o respeito à diversidade. Outra, bem diferente, é exigir que os nossos estudantes tenham conhecimento sobre o ‘dialeto secreto’ utilizado por gays e travestis, ainda mais numa prova tão importante como o ENEM”. Outras questões, claramente ideológicas, também fizeram parte da prova. O aparelhamento de várias instituições continua firme, principalmente na área da educação.

PRISÕES E ESQUEMAS NA SEDAM

O secretário Hamilton Santiago Pereira e Osvaldo Pitaluga, que foi superintendente do Ibama e atualmente é o subsecretário da Sedam, foram as principais autoridades  presas na operação da Polícia Civil, chamada de “Pau Oco”, que descobriu um esquema criminosa dentro da Secretaria do Desenvolvimento Ambiental do Estado. A prisão de Pitaluga, no cargo desde abril, afetou pessoalmente ao governador Daniel Pereira, pela amizade que os une há anos. Ex petista e hoje no PSB, Pitaluga dominou a área federal das questões ambientais no Estado durante os longos anos em que o PT governou o país. Na sua passagem pelo Ibama, apesar de muito criticado, ao menos publicamente, nunca apareceu envolvido em nenhuma irregularidade. Agora na Sedam, foi apontado, junto com o secretário Hamilton, como um dos membros do esquema, principalmente em relação à retirada de madeira, com autorizações ilegais. No atual governo, há fontes que comentam, não oficialmente, é claro, que o esquema já existia na Sedam muito antes da posse de Pitaluga e que ele não estaria envolvido em irregularidades. As investigações prosseguem...

A INVASÃO DE AMBULANTES

Continuam as denúncias em relação ao estado do Espaço Alternativo, recém entregue à comunidade, na região do aeroporto. Além do roubo da fiação, que deixa parte da área no escuro, mesmo com a moderna iluminação instalada, os vendedores ambulantes tomaram conta do local. Agora não são apenas pequenos pontos de venda, mas existem até trailers que tomam metade da avenida, atrapalhando os que querem caminhar e correr e ainda fazendo “gatos” com a energia, o que também tem causado curtos circuitos, representando dezenas de lâmpadas queimadas. Existem no local pelo menos sete câmeras de vigilância, mas ao menos até agora, elas não serviram para nada, já que ninguém foi preso, apesar dos constantes roubos de fios e de lâmpadas LED. Ora, se as câmeras não são vistoriadas, à procura de criminosos, para que elas servem? Para mostrar pessoas fazendo seus exercícios? Não há vigilância de guardas, a PM só permanece no local eventualmente e em determinados horários; não há fiscalização dos órgãos municipais, acabando com a baderna de tantos ambulantes em toda a extensão do Espaço. Desse jeito, mais uma vez Porto Velho vai ver um dos seus mais belos locais de lazer, atirados ao lixo, à invasão de vendedores de tudo e à escuridão. Lamentável!

TEMOS O MAIOR BUMBUM

Um título que nos orgulha: no Brasil inteiro, ninguém tem o bumbum mais bonito do que a rondoniense Ellen Santana, uma modelo e dançarina de 31 anos, que ganhou a disputa nacional nessa semana, derrotando várias candidatas com a bunda grande. A grande final ocorreu em uma boate paulista. O único problema é que, no final da festa, uma das candidatas, gaúcha, que garantia ter o bumbum maior e mais bonito, não aceitou a derrota e armou um barraco. Não só arrancou e roubou a faixa da representante de Rondônia enquanto a vencedora comemorava o memorável título, quase equivalente ao título nacional de futebol, mas ainda ficou furiosa. Disse que o bumbum da rondoniense era “de plástico” e contestou a decisão do júri. No final da festa, não poderia faltar uma frase memorável da campeã: “fico muito feliz com a conquista e de representar o Brasil no Miss Bumbum do mundo”. Será que, ao retornar ao Estado, ela e seu enorme bumbum vão desfilar num carro dos bombeiros?

PERGUNTINHA

Você concorda com a afirmação do presidente eleito Jair Bolsonaro de que há um exagero de áreas de proteção em Rondônia, Acre e Amapá o, acha que o fim delas pode representar grande aumento do desmatamento na região?

 

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